Comissão apresenta causas para o aumento de algas no rio Tietê
Águas calmas, altas temperaturas e o excesso de nutrientes como fósforo e nitrogênio foram as causas da proliferação de algas no rio Tietê e em seus afluentes. A conclusão consta no relatório final da Comissão Especial de Vereadores que buscou soluções para o aumento excessivo dessa vegetação.
O documento foi apresentado ao plenário nesta segunda-feira (02/10), durante o Grande Expediente da 30ª Sessão Ordinária do ano. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Nelsinho Bombeiro (PV), que contou com o apoio dos parlamentares Gilberto Batata Mantovani (PL) e Dr. Jaime (PSDB).
A comissão realizou reuniões, enviou e-mails para órgãos técnicos ambientais e percorreu parte dos 300 quilômetros do rio Tietê atingidos por algas e aguapés, o que tem prejudicado o turismo regional, a navegação e a pesca praticada pelos moradores ribeirinhos.
A ANA (Agência Nacional das Águas), a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo foram alguns dos órgãos acionados pela comissão para a tomada de providências.
Em resposta ao contato realizado, a Cetesb informou que o lançamento irregular de esgotos, o escoamento de fertilizantes utilizados em áreas agrícolas e a diminuição da mata ciliar também são fatores que agravam as florações de algas e o desenvolvimento de aguapés no rio Tietê. O órgão garantiu que vem monitorando a qualidade da água desde o início do fenômeno, em 2019.
No último dia 21 de setembro, o presidente da comissão voltou ao rio Tietê e constatou a diminuição das algas. “Houve uma movimentação do nível da água, essas algas acabaram se desprendendo do fundo do rio e, naturalmente, foram desaparecendo”, relatou Nelsinho Bombeiro.
“Esta comissão não para por aqui. Vamos estar sempre atentos, cobrando os órgãos competentes para que fiscalizem toda a extensão do rio, não permitam o descarte irregular de esgoto e façam o reflorestamento com espécies nativas, garantindo uma maior proteção do Tietê e de seus afluentes”, concluiu o parlamentar.