Live debateu apoio às mulheres vítimas de violência
A rede de atendimento das mulheres vítimas de violência no município foi tema de uma live promovida pela Escola do Legislativo nesta terça-feira (9/3). Os convidados da live foram o defensor público do Estado de São Paulo e coordenador da unidade de Araçatuba, Wild Afonso Ogawa Filho; a ativista e defensora dos direitos das mulheres e doutora em Educação, Jamilly Nicolete; e a coordenadora do Centro de Referência da Mulher e doutoranda em Psicologia pela Unesp, Juliana Fernanda de Barros.
A live faz parte das atividades do Legislativo para lembrar o Dia Internacional da Mulher, celebrado ontem (8/3). Durante a exposição, a ativista e defensora dos direitos das mulheres e doutora em Educação Jamilly Nicolete comentou as desigualdades enfrentadas pelas mulheres na sociedade. “Quanto mais se ascende na carreira, em menos lugares temos as mulheres. A gente vê direitos básicos não sendo garantidos e por isso temos que nos manter vigilantes para manter a equidade”, observou Nicolete, que em 2019 fundou a Casa Maria, um projeto voltado para cuidar das mulheres.
Para a atual coordenadora do Centro de Referência da Mulher de Araçatuba, Juliana Fernanda de Barros, a inserção da mulher no mercado de trabalho é relevante para superar o ciclo de violência. “A violência doméstica atinge todas as classes sociais e muitas vezes a mulher acaba sendo vulnerável e dependente do homem. Assim, a inserção da mulher no mercado de trabalho é um empoderamento”, disse.
Já o defensor público do Estado de São Paulo, Wild Afonso Ogawa Filho, comentou a atuação da Defensoria Pública, que também atua em conjunto com o Centro de Referência da Mulher. “A Defensoria é um braço do Estado, tem caráter autônomo e uma de suas funções é a busca constante em tutelar os direitos. A maioria desses atendimentos ocorre na área da família, como divórcio, partilha de bens e guarda de filhos”, comentou.
Ao participar da live, o vereador Wesley da Dialogue (Podemos) enfatizou a importância de um projeto de lei por ele proposto que visa incluir no currículo das redes de ensino pública e privada noções básicas sobre a Lei Maria da Penha, que coíbe a violência familiar e doméstica contra a mulher. A proposição está em tramitação na Casa.
Também foram temas debatidos na live o aumento da violência doméstica durante a pandemia, os canais de denúncia de casos de violência, as redes de apoio e as medidas para superar o problema.