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20/08/2025
Saúde mental da pessoa idosa é tema da Tribuna Livre

A importância da estimulação e reabilitação cognitiva na promoção da saúde mental da pessoa idosa foi tema da Tribuna Livre durante a 25ª sessão ordinária do ano, realizada na última segunda-feira (18/8).

O assunto foi abordado pelo presidente da Associação dos Idosos Ilta Arcanjo Ferlete, Vinicius Sanchez, durante dez minutos da fase do Pequeno Expediente da sessão. Ele destacou o envelhecimento da população, citando que Araçatuba possui mais de 39 mil idosos com 60 anos ou mais, representando uma a cada cinco pessoas de acordo com dados do Censo de 2024.

“Tenho a missão de lembrar a sociedade que cada idoso é uma biblioteca viva e cuidar da mente é preservar capítulos inteiros da nossa história coletiva. 55 milhões de pessoas no mundo vivem com demência. A cada três segundos uma nova pessoa com um tipo de demência é diagnosticada no Brasil. São números que têm aumentado muito. A cada ano 100 mil novos casos de demência surgem no país”, disse Vinicius Sanchez.

Ainda segundo Sanchez, estudos realizados no período de 2004 a 2009 mostram que Araçatuba, São José do Rio Preto e Bauru apresentaram taxas elevadas de mortalidade pela doença de Alzheimer.

O representante da Associação dos Idosos Ilta Arcanjo Ferlete chamou a atenção sobre a necessidade de cuidados e de ações de promoção do bem-estar dos idosos.

“Estamos de fato cuidando de quem cuidou de nós? O cérebro precisa de cuidados. A sociedade cuida da pele, do corpo e do coração, mas e da mente, da memória e do raciocínio? A doença de Alzheimer não escolhe classe social, o AVC não pede licença e a Doença de Parkinson não espera, mas nós podemos reagir. A estimulação e a reabilitação cognitiva não são luxo. São direitos, dignidade, saúde”, afirmou.

ACADEMIA DO CÉREBRO

Durante o uso da tribuna, também foi destacado o projeto “Academia do Cérebro”, desenvolvido pela Associação dos Idosos Ilta Arcanjo Ferlete para mais de 300 idosos. “É uma proposta baseada na neurociência, na psicopedagogia e na gerontologia. Lá não só se estimula o cérebro, lá se reconstrói identidade, se reaprende a escrever o nome, a lembrar o caminho, a se reconectar com a sua própria história. Cada oficina é um reencontro com a dignidade”, explicou.

Vinicius Sanchez também fez um pedido técnico para que a estimulação e a reabilitação cognitiva integrem as políticas públicas de saúde e assistência social. “É urgente que as UBSs estejam preparadas para tratar esses casos de declínio cognitivo. Precisamos de um olhar para esse público”, destacou.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação: Carlos Demarchi/Foto: Angelo Cardoso
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