Trechos de ruas sem asfalto prejudicam moradores do Umuarama
Ruas de terra tomadas por mato, pedregulhos e grandes erosões. Essa é a realidade de trechos das ruas Sílvio José Venturolli, Dr. Péricles Pimentel Salgado e Célio Rodrigues de Araújo Cintra, no bairro Umuarama, em Araçatuba. A pedido do vereador Arlindo Araújo (PPS), a TV Câmara esteve no local para conversar com moradores sobre os problemas enfrentados com a falta de asfalto. Por meio de indicações, o parlamentar solicita melhorias para as vias.
Ao todo, oito quarteirões do bairro Umuarama ainda não foram pavimentados. A carência de infraestrutura acarreta transtornos e prejuízos. "Quando faz sol, é poeira. Quando chove, é buraqueira. Não passa carro e até a pé é ruim passar", desabafou o industriário Pedro Lima, que mora em uma das três quadras não asfaltadas da rua Sílvio José Venturolli.
"Os carros da gente estragam. A cada seis meses, temos que mandar arrumar a suspensão", contou o comerciante Oswaldo Delfino, que reside e trabalha na rua Célio Rodrigues de Araújo Cintra. A via também conta com três quarteirões não pavimentados.
Moradores têm dificuldades até mesmo para entrar em suas casas. O jeito é improvisar com terra, cimento e entulhos. "Meu filho só consegue entrar com o carro, porque jogamos pedras. Os buracos só estão tapados, porque pedimos para uma família que está construindo jogar entulhos. Mesmo assim, quando está chovendo, não dá para passar", disse a dona de casa Marinalva Ferreira Banos, que reside há cerca de 20 anos em um dos dois quarteirões ainda de terra da rua Dr. Péricles Pimentel Salgado.
Quem se arrisca a trafegar pelos trechos sem asfalto precisa redobrar a atenção. "A gente tem até que andar devagar para não escorregar nesse monte de pedras", confessou a bordadeira Selma Dias, que preferiu descer da bicicleta ao passar pela rua Sílvio José Venturolli. As condições da via levaram a manicure Dalva de Oliveira Nascimento a abandonar a vassoura para limpar a calçada. "Só mesmo com o rastelo", afirmou.
Diante de tantos problemas, os moradores esperam pelo asfalto. "Eu espero há 41 anos", contabilizou o inspetor de qualidade José Luiz Moreira, que comprou o terreno na rua Célio Rodrigues de Araújo Cintra em 1972. Até agora, ele só viu estragos. "Asfaltaram a rua de cima e não fizeram canaletas para o escoamento da água. O que acontece: a água desce por aqui e abre essas crateras que vocês estão vendo aí", lamentou.