Arlindo recebe queixa de depósito irregular de lixo(Veja Vídeo)
Relacionado pela Prefeitura de Araçatuba como um dos cinco pontos autorizados de despejo de resíduos sólidos inertes - galhos e restos de construção - o posto de entrega localizado no final da Avenida Waldemar Alves, na Vila Industrial, pode ser definido como um "lixão a céu aberto", em plena zona urbana.
A ocorrência de queimadas no local também é comum, o que tem gerado reclamações por parte de moradores e comerciantes que mantêm casas e estabelecimentos próximos ao ponto de despejo, que abriga ainda uma chaminé de aproximadamente 50 metros, considerada um patrimônio da cidade.
Eles acionaram o gabinete do vereador Arlindo Araújo (PPS), que está elaborando um requerimento oficial de informações para questionar o prefeito Cido Sério (PT) em relação a possíveis providências para solucionar o impasse.
Uma equipe da TV Câmara (Canal 96 do Sistema NET de TV a Cabo) esteve no local e constatou o despejo irregular de sofás danificados, móveis destruídos, pneus inservíveis que acumulam água, copos plásticos e outros objetos que retêm água, servindo como criadouros para mosquitos transmissores da dengue.
O comerciante autônomo Irineu Pontim, que mora nas proximidades do ponto de despejo, afirmou que vai ao local com frequência, de onde retira madeiras para construir casinhas para cachorros.
"A situação fica insuportável quando as pessoas colocam fogo nos galhos secos, no lixo que fica acumulado. Nós somos obrigados a fechar as janelas e até mesmo deixar a casa temporariamente para não passar mal com a fumaça que vem daqui", afirmou.
O gerente de um loteamento vizinho da zona de conflito João Lourenço Batista é um dos mais revoltados com o despejo irregular dos resíduos. "Isso aqui é um verdadeiro lixão a céu aberto, constantemente as pessoas jogam móveis usados, carcaças de animais mortos e tudo quanto é tipo de lixo", completou.
Segundo ele, a situação tem se agravado a cada dia, o que vem gerando prejuízos para comerciantes e investidores. "Ninguém quer comprar loteamento para se tornar vizinho de um lixão", afirmou.
Para o conferente Fábio Almeida, a falta de vigilância e a facilidade de despejar lixo impunemente denunciam o descaso da administração municipal com o ponto de entulho autorizado.
"Aqui entra quem quer, a hora que quiser, é uma bagunça generalizada, pois não há um fiscal, vigilante para proibir as pessoas de jogar lixo", afirmou. Segundo ele, os próprios carroceiros não respeitam os limites para o despejo. "Quando você os avisa de que os resíduos estão quase no meio da rua é perigoso ocorrer alguma agressão por parte de algum deles", revelou.
Para Almeida, a solução é encontrar um novo ponto, desta vez não na área urbana, para receber os resíduos e o lixo orgânico, separadamente. "Esse ponto tem de sair daqui", finalizou.