É mais viável que o município realize as obras de asfaltamento e recuperação da malha viária ou terceirize esses serviços. Esse foi um dos principais questionamentos dos participantes da audiência pública, realizada na Câmara, nesta quarta-feira (21/10), para discutir as obras de infraestrutura urbana de 2009 e 2010. O evento contou com uma significativa participação popular, a presença de maciça dos vereadores, da maioria do secretariado do município e de muitos funcionários municipais.

Segundo os dados apresentados pela Prefeitura, a falta de equipamentos e de pessoal seria o principal entrave para que o município faça as obras necessárias com relação ao asfalto. Além disso, o tempo de demanda para licitação, visando à compra de materiais e equipamentos também impossibilita as ações. Outro ponto de debate foi a viabilidade ou não da massa asfáltica fria, já produzida na usina local e utilizada apenas para tapa-buracos.

 
A secretária de Planejamento e Habitação, Denise Carvalho Schneider, explicou sobre os prós e contras da mistura quente, que é mais durável e mais cara, e da mistura fria, que seria mais barata e menos durável. Com relação aos gastos para ampliar a capacidade de processamento da usina local, para que a massa nela produzida fosse suficiente para recuperação e pavimentação asfálticas, o secretário de Obras,  Tadami Kawata, informou que  perícia técnica apontou  a inviabilidade do projeto. "Seria melhor comprar uma usina nova a aperfeiçoar a que existe no município", afirmou.

Durante a audiência pública, que durou quase quatro horas, a Prefeitura divulgou um balanço dos serviços realizados e dos que aguardam a licitação para serem viabilizados. O prefeito disse que pretende comprar equipamentos para o município com financiamento do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Social, e que os recursos disponíveis hoje serão utilizados  para ampliação das equipes  da  operação tapa-buracos  por meio da terceirização. 

A audiência pública foi uma iniciativa da Comissão de Infraestrutura da Câmara, formada pelos vereadores Rivael Papinha (PSB) e Olair Bosco (PP). "O debate foi positivo, pois contou com a participação de autoridades e da população, o que muito enriqueceu as discussões. Os cidadãos, como deve ser, usaram a Câmara para apresentar suas reivindicações e propor soluções", disseram os vereadores ao final do encontro.