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31/10/2007
Brasil vai na contra-mão da história ao investir em energia nuclear, diz físico
O físico nuclear Augusto Brandão d'Oliveira, professor titular na Unesp de São José do Rio Preto, criticou ferrenhamente o projeto do governo federal de construção de oito usinas nucleares no Brasil, incluindo Angra 3, em sua palestra durante a sessão da Câmara dos Vereadores na noite de segunda-feira (06/11) . Brandão falou por mais de uma hora a convite da Câmara Municipal. A iniciativa do convite partiu do vereador Arlindo Araujo. Na opinião do físico, a produção de energia elétrica por meio de usinas nucleares não é uma boa opção para o Brasil porque é anti-econômica e insegura. Os recursos necessários para se terminar a construção de Angra 3, segundo algumas estimativas, dariam para construir um parque eólico capaz de produzir três vezes mais energia elétrica e gerar um número 32 vezes maior de empregos associados, informou. Como pesquisador, ele propõe outras alternativas baseadas no uso de energia solar, hidroelétrica, eólica (do vento), energia de biomassa, co-geração de energia elétrica, todas limpas, renováveis, capazes de sustentar o desenvolvimento do país pelos próximos séculos, segundo ele. "Usinas nucleares, mesmo as de quarta geração são inseguras, e colocam em risco as populações em vastos territórios que podem ser atingidos pela contaminação em caso de um acidente", alertou. "Não se pode subestimar a possibilidade de um acidente, e quando isso ocorre é uma catástrofe de grandes proporções. Não compensa correr o risco", completou. Uma usina do porte de Chernobyl, por exemplo, como as que o Brasil pretende instalar, pode gerar uma contaminação centenas de vezes maior do que a do acidente de 1986. Brandão ainda apontou o problema do lixo nuclear, que permanece perigoso por milhares de anos e ainda não tem nenhuma solução satisfatória. "As reservas de urânio são suficientes para pouco tempo. Não são renováveis. Vejamos a tendência internacional: a Itália fechou a usina de Latina e interrompeu a construção de outras três. A Alemanha decidiu fechar todas as suas 17 usinas até 2021. Países como a Suiça, Bélgica, Finlândia, Espanha, Holanda seguem caminhos semelhantes. Por que nós deveríamos agir como países como Irã?", questionou. Do ponto de vista estratégico e de segurança, a presença de usinas nucleares num país o torna alvo, vulnerável a terroristas, guerrilhas ou mesmo ataques de organizações como o PCC. "É mais importante e sensato prestigiar nossas forças armadas de maneira convencional, pois diz o ditado se queres a paz prepara-te para a guerra. Temos uma tradição secular de política externa que deve ser prestigiada e valorizada", defendeu. Segundo Augusto Brandão, o Brasil pode provar sua capacidade nuclear, com a construção de um submarino e usando a energia nuclear para medicina e agricultura. "Não desejamos nenhuma corrida armamentista nuclear, pois isso drenaria nossos recursos, tão essenciais para outras áreas prioritárias, como educação, saúde, segurança e transportes. O mundo não precisa de mais ogivas nucleares, nem de reatores inseguros. Precisamos de planejamento estratégico, de mais seriedade, competência e honestidade, de menos impostos e corrupção", pregou.
Pesquisador amplia movimento iniciado em Araçatuba O movimento contra usinas nucleares foi iniciado em Araçatuba pelo vereador Arlindo Araujo (PPS) em junho passado e contou com apoio de várias entidades da sociedade civil e da Câmara Municipal. Em agosto, a Câmara encaminhou para o governo federal um abaixo-assinado com quase 11 mil assinaturas colhidas principalmente na cidade. Agora, o movimento que era restrito à região de Araçatuba se tornou um movimento estadual, intitulado Movimento contra as Usinas Nucleares (MCUN). Em seu abaixo-assinado, lideranças do MCUN, espalhadas em todo o Estado diz o seguinte: "O presente abaixo-assinado é político-apartidário, isto é NÃO PERTENCE a nenhum partido político. TODOS poderão assinar. Tão pouco é um documento pertencente a alguma religião, ordem, etc. Não é um documento da Maçonaria. Pretende ser um documento da cidania, e como tal, pode vir a ser apoiado, como aliás já esta sendo, por várias Instituições de diversas naturezas e cidadãos independentes. Nossa intenção é que uma movimentacao popular gigantesca possa fazer com que o governo volte atrás em sua decisão de nuclearizar o Brasil, e caso não consigamos isto apenas com um expressivo número de assinaturas, que consigamos forçar pelo menos um plebiscito a respeito, após reunirmos o número necessário de um milhão de assinaturas".
Qualquer pessoa pode imprimir cópia do abaixo-assinado e conhecer mais sobre o assunto no site: http://www.mcun.hpg.ig.com.br/
Brasil vai na contra-mão da história ao investir em energia nuclear, diz físico
O físico nuclear Augusto Brandão d'Oliveira, professor titular na Unesp de São José do Rio Preto, criticou ferrenhamente o projeto do governo federal de construção de oito usinas nucleares no Brasil, incluindo Angra 3, em sua palestra durante a sessão da Câmara dos Vereadores na noite de segunda-feira (06/11) . Brandão falou por mais de uma hora a convite da Câmara Municipal. A iniciativa do convite partiu do vereador Arlindo Araujo. Na opinião do físico, a produção de energia elétrica por meio de usinas nucleares não é uma boa opção para o Brasil porque é anti-econômica e insegura. Os recursos necessários para se terminar a construção de Angra 3, segundo algumas estimativas, dariam para construir um parque eólico capaz de produzir três vezes mais energia elétrica e gerar um número 32 vezes maior de empregos associados, informou. Como pesquisador, ele propõe outras alternativas baseadas no uso de energia solar, hidroelétrica, eólica (do vento), energia de biomassa, co-geração de energia elétrica, todas limpas, renováveis, capazes de sustentar o desenvolvimento do país pelos próximos séculos, segundo ele. "Usinas nucleares, mesmo as de quarta geração são inseguras, e colocam em risco as populações em vastos territórios que podem ser atingidos pela contaminação em caso de um acidente", alertou. "Não se pode subestimar a possibilidade de um acidente, e quando isso ocorre é uma catástrofe de grandes proporções. Não compensa correr o risco", completou. Uma usina do porte de Chernobyl, por exemplo, como as que o Brasil pretende instalar, pode gerar uma contaminação centenas de vezes maior do que a do acidente de 1986. Brandão ainda apontou o problema do lixo nuclear, que permanece perigoso por milhares de anos e ainda não tem nenhuma solução satisfatória. "As reservas de urânio são suficientes para pouco tempo. Não são renováveis. Vejamos a tendência internacional: a Itália fechou a usina de Latina e interrompeu a construção de outras três. A Alemanha decidiu fechar todas as suas 17 usinas até 2021. Países como a Suiça, Bélgica, Finlândia, Espanha, Holanda seguem caminhos semelhantes. Por que nós deveríamos agir como países como Irã?", questionou. Do ponto de vista estratégico e de segurança, a presença de usinas nucleares num país o torna alvo, vulnerável a terroristas, guerrilhas ou mesmo ataques de organizações como o PCC. "É mais importante e sensato prestigiar nossas forças armadas de maneira convencional, pois diz o ditado se queres a paz prepara-te para a guerra. Temos uma tradição secular de política externa que deve ser prestigiada e valorizada", defendeu. Segundo Augusto Brandão, o Brasil pode provar sua capacidade nuclear, com a construção de um submarino e usando a energia nuclear para medicina e agricultura. "Não desejamos nenhuma corrida armamentista nuclear, pois isso drenaria nossos recursos, tão essenciais para outras áreas prioritárias, como educação, saúde, segurança e transportes. O mundo não precisa de mais ogivas nucleares, nem de reatores inseguros. Precisamos de planejamento estratégico, de mais seriedade, competência e honestidade, de menos impostos e corrupção", pregou.
Pesquisador amplia movimento iniciado em Araçatuba O movimento contra usinas nucleares foi iniciado em Araçatuba pelo vereador Arlindo Araujo (PPS) em junho passado e contou com apoio de várias entidades da sociedade civil e da Câmara Municipal. Em agosto, a Câmara encaminhou para o governo federal um abaixo-assinado com quase 11 mil assinaturas colhidas principalmente na cidade. Agora, o movimento que era restrito à região de Araçatuba se tornou um movimento estadual, intitulado Movimento contra as Usinas Nucleares (MCUN). Em seu abaixo-assinado, lideranças do MCUN, espalhadas em todo o Estado diz o seguinte: "O presente abaixo-assinado é político-apartidário, isto é NÃO PERTENCE a nenhum partido político. TODOS poderão assinar. Tão pouco é um documento pertencente a alguma religião, ordem, etc. Não é um documento da Maçonaria. Pretende ser um documento da cidania, e como tal, pode vir a ser apoiado, como aliás já esta sendo, por várias Instituições de diversas naturezas e cidadãos independentes. Nossa intenção é que uma movimentacao popular gigantesca possa fazer com que o governo volte atrás em sua decisão de nuclearizar o Brasil, e caso não consigamos isto apenas com um expressivo número de assinaturas, que consigamos forçar pelo menos um plebiscito a respeito, após reunirmos o número necessário de um milhão de assinaturas".
Qualquer pessoa pode imprimir cópia do abaixo-assinado e conhecer mais sobre o assunto no site: http://www.mcun.hpg.ig.com.br/
Fonte: Assessoria de Imprensa
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