Com o objetivo de incrementar o turismo e valorizar a gastronomia local, a Prefeitura enviou à Câmara dois projetos de lei que instituem em caráter oficial o "caldo do artista" e o cupim casqueirado como pratos típicos do Município de Araçatuba. As matérias foram apreciadas durante os trabalhos da 41ª sessão ordinária do ano, geraram polêmica, mas, ao final, foram aprovadas pela maioria dos vereadores.
 
O primeiro a defender as propostas foi o vereador Joaquim da Santa Casa (PDT). "A gente fica feliz com esses projetos, porque vêm enobrecer ainda mais a gastronomia de Araçatuba", disse.
 
Para o autor da receita do caldo do artista, Mauro Rico, presente na votação da matéria, a iniciativa de declarar as receitas como pratos típicos da cidade é importante porque Araçatuba passa a ter a sua identidade gastronômica oficializada.
 
Os parlamentares Edna Flor (PPS), Dr. Nava (PSC) e Arlindo Araújo (PPS) se posicionaram contra a forma com que o projeto foi apresentado. A vereadora Tieza expressou a mesma opinião e requereu a interrupção da sessão para tentar uma composição com os demais parlamentares, a fim de pressionar o Executivo a retirar o projeto, alterar sua redação e apresentá-lo posteriormente. A iniciativa não obteve sucesso e os projetos foram aprovados em discussão única. O primeiro, do caldo do artista, com seis votos favoráveis e quatro contrários, e o segundo, do cupim casqueirado, com sete votos favoráveis e três contrários.
     
Os vereadores contrários à aprovação do projeto deixaram claro que não estavam rejeitando a proposta da matéria, mas a forma como ela foi apresentada. Todos foram unânimes em dizer que os projetos não deveriam trazer a discrição minuciosa das receitas e o modo de prepará-las. Para eles, esses pormenores inviabilizam a legalidade do projeto, porque não há como quantificar ou qualificar de modo claro as regras especificadas ou ainda fiscalizar posteriormente a sua execução, como foi determinado.
  
O vereador Edval Antônio dos Santos (PP) saiu em defesa da aprovação da matéria. "A lei poderia ter sido feita em dois artigos, mas não há nada demais em aprovarmos esse projeto do jeito que está, porque não haverá qualquer tipo de problema", opinou.

Também o vereador Joel de Melo Platibanda (PMN) se pronunciou favorável à aprovação do projeto do cupim casqueirado.  "Podemos aprovar o projeto hoje e corrigir se for necessário depois", finalizou.