Câmara aprova projeto de combate ao bullying
A Câmara de Araçatuba aprovou, durante a Ordem do Dia da 20ª sessão ordinária do ano, o projeto de lei, de autoria do Executivo, que institui o Programa de Combate ao Bullying nas escolas municipais de Educação Básica da rede municipal de ensino de Araçatuba.
De acordo com a proposta, o programa será implantado no decorrer deste ano em todas as EMEBs (Escolas Municipais de Educação Básica). A partir do ano que vem, será comemorada a Semana para Ação Municipal de Combate ao Bullying, no final do mês de maio.
Na definição, bullying é um termo em inglês que descreve os atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo incapaz de se defender.
A prática, que tem crescido nas unidades escolares, leva as vítimas a desenvolver problemas psíquicos diversos, com consequências negativas variadas. Diante da situação, a administração pretende realizar uma ampla reflexão sobre o tema entre profissionais da educação municipal, pais e alunos. O intuito é eliminar as ocorrências deste tipo nas escolas.
Membros da secretaria da Educação, profissionais, educadores, pais, alunos e a comunidade em gera l serão envolvidos e caberá a cada unidade de ensino implementar, planejar e avaliar as ações coletivas que serão desenvolvidas sobre o assunto. Encontros de formação deverão orientar os gestores na elaboração e desenvolvimento de ações.
Para a vereadora Profª Durvalina (PT), que encaminhou uma indicação ao prefeito Cido Sério (PT) solicitando medidas para combater o fenômeno no município, a iniciativa é uma "vitória". "A partir desta discussão, todos passaremos a prestar mais atenção sobre o problema. Vai envolver todos e conscientizar", avaliou.
Durante a discussão do projeto, o vereador Dr. Nava (PSC) lembrou que tentou estender o alcance da proposta para as escolas estaduais e particulares, o que não ocorreu por ser considerado "vício de iniciativa".
"É um problema social crônico e a administração pública deve cuidar disso. Queria que fosse mais amplo e então apresentei um substitutivo que incluía outras escolas, mas recairíamos no vício de iniciativa", explicou.
Os vereadores Prof. Cláudio (PMN), Tieza (PSDB) e Edna Flor (PPS) também elogiaram a pertinência do programa de combate ao bullying. "Precisamos acabar com essa prática na sociedade", destacou Tieza.
"É um problema comum hoje em todas as escolas brasileiras e nós estamos preocupados com isso. O município pode fazer parcerias para implantar palestras e dinâmicas de grupos nas instituições", opinou Prof. Cláudio. "É uma proposta que vem se somar a iniciativas voltadas para a cultura de paz", completou Edna Flor.