Câmara forma comissão para pedir o fim dos enlatados na merenda escolar
A Câmara de Araçatuba aprovou, em votação única, Projeto de Resolução da vereadora Edna Flor que constitui comissão especial de três vereadores para realizar estudos visando à eliminação de produtos alimentícios enlatados na merenda escolar. A comissão terá noventa dias para concluir os trabalhos e quer negociar, junto ao Governo do Estado, a substituição dos enlatados por alimentos saudáveis a serem servidos para os estudantes.
Na justificativa do Projeto, a vereadora Edna Flor, presidente da Câmara, diz que para complementar a merenda escolar Araçatuba recebe do Governo do Estado alimentos enlatados que são servidos diariamente a milhares de alunos. A vereadora revela que a Câmara tem recebido depoimentos preocupantes de estudantes e pais sobre a qualidade da merenda servida, em geral em latas amassadas e enferrujadas, que indicam possível deterioração do alimento.
Edna, que já tinha feito essa denúncia em sessão da Câmara, diz que enviou ofício para vários municípios, com o objetivo de saber se também em suas escolas estão sendo servidos os alimentos enlatados.
Ela explicou, na Tribuna, que a Câmara não tem poder para implementar medidas como a mudança da merenda escolar que é de cunho exclusivo do poder executivo. Mas lembrou que cabe aos vereadores ajudar na busca de soluções mais rápidas para os problemas e denunciar sobretudo quando se trata de problemas fundamentais como o direito à educação e à saúde.
O vereador professor Cláudio disse, durante os debates sobre o projeto, que é importante que a Câmara se posicione contra os enlatados, mas procure obter do Governo do Estado uma substituição para esses alimentos e não a simples retirada deles, sem uma compensação para o município.
A secretária de educação de Araçatuba, Marta Dourado, disse que a merenda enlatada não é servida nas escolas do município. Apenas nas escolas estaduais. Mas informou que mesmo assim a atual administração é contra os enlatados e vai fazer contatos com o Governo do Estado pedindo sua substituição por outros alimentos.