A Câmara de Araçatuba intensificou o trabalho de orientação sobre o perigo da dengue. A medida visa ajudar o Núcleo de Educação em Saúde (NES), da Secretaria Municipal de Saúde, a combater a dengue e continuar diminuindo o número de casos da doença em Araçatuba.

“Queremos evitar uma epidemia. Sabemos que com as chuvas de verão o risco aumenta, já que o mosquito coloca ovos apenas em acúmulos de água limpa, tão frequente em épocas de chuva”, alertou o presidente da Câmara, vereador Dr. Jaime, que recebe total apoio dos demais vereadores da Mesa Diretora: Cido Saraiva (vice-presidente), Beatriz (primeiro-secretário) e Rosaldo de Oliveira (segundo-secretário).

Na tarde desta quinta-feira (dia 6), Dr. Jaime recebeu a dirigente administrativa da Vigilância Epidemiológica de Araçatuba, Lucila Bistaffa. Segundo ela, 152 casos de dengue foram registrados na cidade este ano. “Somente em janeiro deste ano tivemos 67 casos. Em janeiro de 2013 foram 28 casos”, disse ela. A epidemia é decretada quando a cidade registra 300 casos de dengue.

Especialistas da Secretaria de Saúde lembram que a maneira mais eficaz de prevenir a doença é impedir o ciclo de reprodução do mosquito transmissor. “Muitos materiais podem se tornar propícios para o desenvolvimento das larvas do mosquito como pneus velhos, caixas d’água, garrafas, calhas entupidas e vasos de plantas”, explicou Lucila Bistaffa.

Segundo o vereador Dr. Jaime, o Legislativo vai ajudar na orientação exibindo em suas sessões vídeos educativos de 30 segundos e distribuindo panfletos sobre o tema, onde estão as principais orientações de como combater a dengue. Cada setor da Câmara conta com o panfleto em seu mural de informação.

“Os profissionais da saúde da prefeitura estão realizando a distribuição de material educativo contra a dengue e desenvolvido o projeto 'Vigilante do Meu Quarteirão' nos bairros”, disse Bistaffa.

VERÃO - Com a chegada do verão e a volta da época de chuvas, o risco de contágio da dengue aumenta. A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pela picada da fêmea do mosquito aedes aegypti. Quando infectada, a vítima pode sentir uma série de sintomas como febre, dor de cabeça, tonturas e cansaço. Se não tratada, a dengue pode até matar.

“Sacos, copos descartáveis, latas, pneus, enfim, tudo que acumula água deve ser fiscalizado. Nesse período de chuva tudo isso pode juntar água e aumentar a proliveração do mosquito”, frisou a dirigente da Vigilância Epidemiológica.

Para o presidente da Câmara, é necessário que os municípios desenvolvam ações em parceria com os órgãos públicos, privados e sociedade civil no sentido de reduzir a incidência do mosquito e, consequentemente, a transmissão da doença.

“Temos que ter ciência que o controle do mosquito e as ações educativas são de responsabilidade de todos, do poder público e da população. A Câmara está de portas abertas para campanhas educativas. Também é papel do Legislativo prestar serviços à população e atuar nas campanhas do município”, completou Dr. Jaime.

O MOSQUITO - Parecido com um pernilongo comum - com corpo escuro rajado de branco - a fêmea do mosquito da dengue vive em média 40 dias e pode colocar cerca de 450 ovos em qualquer época do ano, todos em condições de resistir por mais de um ano à espera de água.

Além disso, ao se tornar adulta, a fêmea pode voar à distância de até 100 metros de seu criadouro, com capacidade de contaminar uma média de 300 pessoas. A disseminação da doença acontece principalmente no verão e até o mês de maio, quando há maior incidência de chuvas.

Para evitar a proliferação da dengue é importante ter cuidado especial no armazenamento e destinação do lixo, jamais descartar o lixo ou qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos.

É necessário manter a caixa d’água sempre limpa e totalmente tampada, além de manter as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água.

É importante eliminar os pratinhos de vasos de plantas ou mantê-los limpos e escovados pelo menos três vezes ao dia. Devemos, também, manter limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos; manter piscinas sempre em uso e devidamente tratadas; ter atenção especial ao sair de férias para que esses cuidados estejam garantidos na ausência do morador.