Coleta seletiva de óleo de cozinha ajuda entidade a construir sede própria
Um projeto de lei do vereador Arlindo Araújo, aprovado pela Câmara em outubro último, já está dando resultados práticos. Ele torna obrigatória a coleta seletiva do óleo de cozinha utilizados por bares, restaurantes e similares. A Instituição Amor Exigente, que trabalha na prevenção ao uso de drogas e na recuperação de dependentes químicos, está recolhendo o óleo usado e vendendo para uma indústria de reciclagem. O dinheiro arrecadado está sendo usado para a construção de uma sede para a instituição.
O projeto do vereador Arlindo Araújo proíbe o lançamento de óleo usado em pias, manguezais, terrenos baldios, poços, cacimbas, cavidades subterrâneas e em redes de drenagem de águas pluviais e de esgotos. O objetivo da lei é acabar com a prática dos estabelecimentos comerciais de jogar o óleo de cozinha usado na rede de esgoto, causando entupimento. Mas, mais que proibir, o projeto tem um cunho sócio-ambiental, destinado a conscientizar as pessoas, principalmente as donas de casa, da importância de se dar um destino correto ao óleo, evitando a degradação ambiental e ainda ajudando as entidades beneficentes do município que podem recolher o óleo e vendê-lo para reciclagem e produção de ácido graxo.
O Amor Exigente, primeira instituição da cidade a utilizar-se do benefício desta lei, recolhe atualmente de dois a três mil litros de óleo usado por mês, provenientes de bares e restaurantes, mas a presidente da instituição, Adalberta de Hollanda Martins, diz que a coleta poderia ser bem maior, chegando a mais de 12 mil litros por mês.