Comissão de mortalidade infantil programa novas ações
A comissão especial de três vereadores que estuda as causas e busca soluções para a mortalidade infantil no município retomou suas atividades nesta sexta-feira (19/02), após o recesso parlamentar. A presidente da Câmara e da comissão, vereadora Edna Flor (PPS), se reuniu com assessoras legislativas dos vereadores membros do grupo - Arlindo Araújo (PPS) e Rivael Papinha (PSB) - para resgatar as ações já realizadas e programar as próximas atividades.
No dia 26 de fevereiro, a comissão estará em Lins para conhecer o projeto Mãe Canguru, desenvolvido pela Santa Casa de Misericórdia daquele município desde o último semestre do ano passado. É esse um método simples e eficiente no combate à mortalidade infantil, que os vereadores pretendem implantar em Araçatuba.
"Em vez de ser colocado em uma incubadora, o bebê prematuro se desenvolve no colo materno ou de outro familiar. Como um filhote de canguru, ele fica grudado à mãe na posição vertical, recebendo calor e ouvindo a batida do coração materno, o que lhe proporciona carinho, segurança e estimula o aleitamento materno", explicou a assessora legislativa do vereador Arlindo Araújo, Ana Paula Saab de Brito, que participou do encontro.
Criada pela resolução nº 1.708/2009, a comissão especial tem até o dia cinco de abril para terminar suas atividades. "Nossa intenção é apresentar o relatório conclusivo em plenário até o final do mês de março", anunciou a presidente Edna Flor. Segundo ela, após a visita à Santa Casa de Misericórdia de Lins, o grupo realizará sua última reunião, marcada para o dia dois de março, às 9h, na DRS (Diretoria Regional de Saúde) de Araçatuba. "Essa será a reunião final", declarou.
Até o momento, já foram realizadas seis reuniões com vários especialistas para debater o problema. "Coletamos dados estatísticos que comprovam o elevado índice de mortalidade infantil no município se comparado aos números preconizados pela OMS (Organização Mundial de Saúde)", disse Edna Flor.
Em Araçatuba, em 2008, foram registrados 2.314 nascimentos e 91 registros de óbitos de crianças com até um ano de idade. Em contrapartida, o número indicado pela OMS é de 23 mortes, no máximo, para a cidade. No primeiro semestre de 2009, conforme dados da Vigilância Epidemiológica, nasceram 1.031 crianças e morreram 12 no município. "Concluímos que precisamos melhorar o atendimento às mães, sobretudo àquelas que apresentam indícios muito fortes de prematuridade", disse Edna Flor.