Comissão especial quer estudo de risco aviário em área do aterro
A comissão especial criada para realizar estudos sobre o aterro sanitário municipal fez nova reunião na tarde de ontem (17/8). Integrantes do grupo, as vereadoras Edna Flor (PPS) e Tieza (PSDB) discutiram o teor dos últimos documentos recebidos pela comissão, que agora irá agendar reunião com o Executivo para discutir a elaboração de um estudo de risco aviário na região do aterro.
Um ofício encaminhado pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) informa que não há opinião contrária à ampliação do aterro se forem tomadas as medidas necessárias para diminuir os riscos na região do aeroporto estadual de Araçatuba.
“Levando-se em conta a pretensão de ampliação do aterro municipal, localizado a pouco mais de seis quilômetros do ponto central do aeroporto, recomendamos que a empresa responsável pela operação e manutenção do aterro seja submetida a rigorosa fiscalização por parte das autoridades municipais, de modo que o impacto da atração de fauna eventualmente provocado por essa ampliação seja minimizado”, diz o documento.
Ainda segundo o ofício do Daesp, existe um acompanhamento permanente da concentração de aves no entorno dos aeroportos em publicações destinadas a alertar os pilotos sobre riscos às operações aeronáuticas.
O departamento lembra que apenas três eventos foram registrados no aeroporto araçatubense desde 2011, “o que não representa a realidade do risco de acidentes ou incidentes envolvendo a avifauna no espaço aéreo local”. Em 2015, o aeroporto de Araçatuba teve a movimentação de quase 110 mil passageiros e cerca de 11 mil operações de aeronaves.
ESTUDO
O outro ofício que chegou à comissão foi enviado pelo Comar (Comando da Aeronáutica). O órgão afirma que se opõe à ampliação do aterro sanitário, mas cita a possibilidade de análise da ampliação do aterro se a Prefeitura de Araçatuba apresentar um estudo sobre os eventuais riscos às operações aéreas à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), para avaliação do nível de risco do empreendimento.
Para a presidente da comissão especial, vereadora Edna Flor, os documentos reforçam a possibilidade de uso do espaço do aterro sanitário atual. “São dois documentos que nos deram um certo alento, que indicam caminhos e mostram possibilidades nesta área, já impactada pelos resíduos sólidos”, destacou.
“Em 2013, a Cetesb já alertava sobre o problema de ampliação do aterro, cuja capacidade está se esgotando. Estamos trabalhando com o encerramento do aterro que, segundo a Cetesb, vai até março de 2017. É um problema sério que precisa ser solucionado”, completou Tieza. Além de Edna Flor e Tieza, também fazem parte da comissão especial do aterro sanitário os vereadores Cabo Claudino (PTdoB), Gilberto Batata Mantovani (PR) e Dr. Jaime (PTB).
REUNIÃO
Na semana que vem, a comissão especial pretende agendar uma reunião com o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Jorge Hector Rozas. O objetivo é verificar se a Prefeitura irá fazer o estudo de impacto aviário na região do aterro.