Comissão pede apuração de denúncias sobre comércio irregular de casas populares
A comissão especial de vereadores encarregada de acompanhar as obras de execução e entrega das casas do programa federal Minha Casa Minha Vida pediu explicações nesta manhã à Caixa Econômica Federal quanto a denúncias de comercialização e locação das moradias populares nos Residenciais Águas Claras e Atlântico I e II.
Os integrantes questionam a Caixa se a instituição financeira, também responsável pela gestão de recursos do programa de habitação, tem conhecimento da compra e venda dos imóveis e quais providências deverá tomar para resolver o problema.
Os vereadores Cido Saraiva (PMDB), que preside a comissão, e Dr. Jaime, membro do colegiado, do qual faz parte também a vereadora Beatriz (PT), se reuniram com o gerente geral da Caixa, Roberto Dela Bandeira, e com a secretária municipal de Assistência Social, Marta Dourado, para discutir estratégias a fim de inibir a exploração comercial dos imóveis.
Segundo os parlamentares, há moradores contemplados com os imóveis vendendo ou até mesmo locando as unidades habitacionais, o que contraria a proposta do programa.
A invasão de imóveis desocupados localizados nos dois residenciais e a venda do cartão Minha Casa Melhor (crédito especial de até R$ 5 mil concedido ao usuário para comprar móveis e eletrodomésticos) pelos próprios beneficiários foram temas de outras denúncias apresentadas pela comissão.
“Denúncias como essas são constantes em nossos gabinetes e daí a importância de estreitarmos as relações com a Caixa para encontrar soluções a fim de eliminar as transações irregulares desses imóveis. Sabemos que há pessoas que realmente precisam dessas moradias e não podem ser prejudicadas por um tipo de comércio ilegal de imóveis. Vamos cobrar explicações da Caixa e da Prefeitura para acharem soluções para esse problema”, afirmou Cido Saraiva.
Para o vereador Dr. Jaime, o pedido de apuração das denúncias reafirma o compromisso do Poder Legislativo com o bem-estar da sociedade, em especial o dos beneficiários do programa. “O Minha Casa Minha Vida foi desenvolvido para atender famílias em vulnerabilidade financeira. A Caixa precisa encontrar caminhos e estender a discussão de alternativas aos representantes das forças de segurança, dos órgãos de justiça e assistência social para garantir a segurança de um programa como esse”, explicou o parlamentar.