O Dia das Mães, comemorado anualmente no segundo domingo do mês de maio, e o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil [Lei Áurea], comemorado anualmente dia 13 de maio, foram temas citados na 15ª sessão ordinária de 2014, realizada nesta segunda-feira (12).

A pedido do presidente da Câmara, vereador Dr. Jaime (PTB), a TV Câmara produziu um vídeo, onde o papel e a importância das mães foi destacado. “Lembrando Maria de Nazaré, a mãe de Jesus Cristo, desejo muita luz para todas as mães. Em nome de minha mãe, também Maria, desejo um feliz Dia das Mães para todas as mães das pessoas presentes nesta sessão”, comentou Dr. Jaime.

O vereador Rivael Papinha (PSB) elogiou a homenagem feita pela TV Câmara. “Uma linda homenagem. Um vídeo musical muito emotivo, que nos faz refletir sobre a importância da presença das mães em nosso cotidiano. O Dia das Mães é tão importante quanto o Natal ou a Páscoa”, falou o parlamentar.

Lei Áurea – Durante o Grande Expediente da Câmara, Dr. Jaime convidou para usar a tribuna da Casa a equede das religiões de matriz africana, Eliandra Soleira. A sessão foi transformada em informal e Eliandra falou por 10 minutos.

“A história do povo africano trazido ao Brasil, na condição de escravos, evidencia a relevância cultural/religiosa na forma de viver, no falar dos brasileiros. Muitas palavras estão inseridas no vocabulário, no nosso cotidiano, que nem sabemos sua origem. Podemos citar como exemplo molecada, batucada e cafuné”, disse a representante das religiões de matriz africana.

Segundo ela, a mistura foi tanta que influenciou também a culinária brasileira. “A feijoada, o maxixe, o quiabo, o dendê, vatapá e acarajé são elementos sagrados dos terreiros que fazem parte do nosso cardápio. A história brasileira é abundante em cultura negra e o papel central das religiões de matriz africana é justamente a união dos povos, a referencia cultural, a reverencia ancestral, a resistência e a preservação”, salientou.

Para Eliandra Soleira, o Brasil tem uma dívida com os povos tradicionais (africanos e indígenas), pois carregam a herança material e imaterial da construção deste país.

História - A Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 1 de maio de 1888, foi a lei que extinguiu a escravidão no Brasil. Foi precedida pela lei número 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei número 3.270 (Lei Savaiva-Cotegipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava “a extinção gradual do elemento servil”.

Num domingo, a 13 de maio de 1888, dia comemorativo do nascimento de D. João VI, foi assinada por sua bisneta Dona Isabel, princesa imperial do Brasil, e pelo ministro da Agricultura da época, conselheiro Rodrigo Augusto da Silva, a lei que aboliu a escravatura no Brasil.