Durvalina propõe voto de aplauso aos Amigos da Memória Histórica de Araçatuba(Veja Vídeo)
A Associação Cultural Amigos da Memória Histórica de Araçatuba foi homenageada com um voto de aplauso, proposto pela vereadora Profª Durvalina Garcia (PT), nesta segunda-feira (28/11), durante a 39ª sessão ordinária do ano.
Criado em 2010, o grupo é formado por 14 pessoas, que estão engajadas na instalação do Museu do Ferroviário "Moisés Joaquim Rodrigues". "Vamos criar o museu e, depois, procurar resgatar outros fatos históricos que estão esquecidos", disse a presidente da associação, Elaine Aparecida Rodrigues Silva.
O novo espaço de preservação da história local funcionará em um imóvel, localizado entre as ruas Joaquim Nabuco e Quinze de Novembro, no centro da cidade. O acervo será composto de documentos, fotos, instrumentos e objetos ligados à ferrovia. Grande parte do material foi doada pela família do ex-ferroviário Moisés Joaquim Rodrigues, que dá nome ao museu.
"Além dessa doação, todo o acervo relacionado à ferrovia que estava no Museu Marechal Cândido Rondon está sendo passado para esse museu, que contará a história daqueles que ajudaram a construir a cidade", informou o diretor do Departamento de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico de Araçatuba, Carlos Paupitz.
Conforme o secretário municipal de Cultura, Hélio Consolaro, falta a reforma do prédio para o museu ser inaugurado, o que deve acontecer já no próximo ano. "Legalmente, está tudo pronto. Há até uma rubrica no orçamento do próximo ano para adequar o imóvel e instalar o museu", afirmou o secretário.
Os colaboradores, ex-ferroviários e seus familiares, que compõem a Associação Cultural Amigos da Memória Histórica de Araçatuba, aguardam ansiosos a concretização desse sonho. "O museu representa uma vida dedicada à ferrovia, que será eternizada. É uma alegria para todos nós", comemorou o ex-ferroviário Boaventura Valois de Souza.
- O HOMENAGEADO -
Moisés Joaquim Rodrigues nasceu em 28 de janeiro de 1934, na cidade de Bauru. Nesse mesmo ano, mudou-se com a família para Araçatuba. Em 1949, aos 15 anos de idade, foi admitido como telegrafista pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Ocupou vários cargos até se aposentar, em 1989, como agente comercial.
Ao longo dos 40 anos de trabalho e após a sua aposentadoria, Rodrigues compôs um acervo que passou a expor em sua própria casa, em 1999. Sua intenção era obter um local adequado para proporcionar à população a oportunidade de conhecer a importância da ferrovia para o desbravamento do interior paulista, mas acabou falecendo em 19 de janeiro de 2004, sem realizar esse sonho.