A regional da APM (Associação Paulista de Medicina) de Araçatuba lançou, na noite da última sexta-feira (30/10), uma campanha permanente para o cadastro de doadores de medula óssea. O anúncio do movimento, que tem como parceiros o Rotary Club Araçatuba Oeste e a Rede Feminina de Combate ao Câncer, foi feito durante um jantar festivo em comemoração ao Dia do Médico e aos 58 anos de fundação da regional da APM na cidade. A presidente da Câmara, vereadora Edna Flor (PPS), prestigiou o evento, realizado no Vívere Eventi.

Conforme o médico pediatra Joaquim Fernando Rodrigues Gabriel, o objetivo da campanha é aumentar o número de possíveis doadores. "Para um paciente, cada doador pode representar a única possibilidade de cura. Quanto mais voluntários à doação estiverem cadastrados, maior será a chance de encontrar um doador compatível", explica o médico, que também é membro do Conselho Diretor da Regional da APM de Araçatuba. A meta é manter um cadastro atualizado de 10 mil doadores na cidade.

Necessitam do transplante de medula óssea pessoas que têm doenças que comprometem a produção do sangue pela medula, como leucemias e linfomas. "Se não existe um doador compatível entre os familiares do paciente, procura-se um doador compatível em um registro de doadores de medula óssea", informa Rodrigues.

Para se cadastrar como candidato à doação de medula, a pessoa que tem entre 18 e 55 anos, boa saúde e não possui antecedentes de câncer deve procurar o Hemocentro, onde são coletados 10 ml de sangue para o teste da compatibilidade.  O resultado dos exames e os dados cadastrais do voluntário são registrados no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), instalado no Inca (Instituto Nacional de Câncer), onde também se encontra o Rerema (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea).

O médico pediatra esclarece que o cadastro não obriga à doação. "Se um doador compatível é encontrado, ele será consultado para decidir se quer mesmo fazer a doação", afirma Rodrigues. Ao contrário do que se pensa, o procedimento é simples. "O único risco para o doador é o de se submeter a uma anestesia", garante o médico. A medula do doador é retirada por meio de punção, com o uso de uma agulha, e injetada na veia do receptor.

Diferente de outros órgãos, em uma semana, o conglomerado de células-tronco do doador se restabelece e, se necessário, uma nova doação já poderá ser realizada. "É emocionante saber que está se salvando uma vida", afirma Rodrigues. Por sua vez, em 15 dias, a medula do receptor estará fabricando os componentes do sangue normalmente.

Participaram do evento que marcou o lançamento oficial da campanha o presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi; o diretor de Defesa Profissional da APM, Tomás Patricio Smith-Howard; o presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral, e os deputados federais Eleuses Vieira de Paiva e Jorge de Faria Maluly.

A presidente do Legislativo araçatubense, vereadora Edna Flor, considerou a campanha de doação de medula óssea um ato de amor ao próximo. "Esse é mais um compromisso em defesa da vida", declarou.

SERVIÇO:
O Núcleo de Hemoterapia de Araçatuba fica na avenida Arthur Ferreira da Costa, nº 330, bairro Aviação. O telefone é o (18) 2102-9400.