Falta de anestesista no Centrinho preocupa vereadora Edna Flor
A falta de anestesista no CAOE (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência) da Unesp, o Centrinho, tem preocupado a vereadora Edna Flor (PPS). Na manhã desta terça-feira (20/1), a parlamentar participou de uma reunião no Departamento Regional de Saúde de Araçatuba (DRS II) para tratar do assunto.
De acordo com a parlamentar, o Centrinho não conta com anestesista desde 2008. Mesmo a abertura de um concurso para a categoria, que oferecia o salário de cerca de R$ 4 mil para 40 horas de trabalho, não atraiu interessados.
Na reunião, a vereadora Edna Flor foi recebida pelo diretor da DRS II, Silvio César Santos Órfão, que destacou a possibilidade de resolver a situação por meio da contratação de plantonistas pelo governo estadual. “Estão sendo feitas tratativas para ter um plantão através dos próprios plantonistas que atuam no Estado. Assim, há propostas técnicas de a própria DRS II buscar, junto ao governo do Estado, uma forma de manter um plantão na Unesp com uma carga horária reduzida”, disse a parlamentar. Edna também soube pela DRS II que oito casos de pacientes mais urgentes já estão sendo atendidos pela Santa Casa.
A parlamentar saiu da reunião com expectativas para a solução do caso. “Eu saio com expectativas porque vejo que as autoridades da área da saúde estão empenhadas na busca de uma solução. Creio que até o final do semestre esta situação esteja resolvida. A questão é eminentemente técnica”, disse.
Histórico
Em 30 de outubro do ano passado, o promotor de Justiça Joel Furlan se reuniu com representantes da Santa Casa, do DRS (Departamento Regional de Saúde de Araçatuba), da secretaria municipal de Saúde e do Conselho de Saúde para discutir a situação.
Na época, a Santa Casa ficou de analisar a possibilidade de disponibilizar um dia para atendimento no hospital. A DRS, por sua vez, iria analisar a viabilidade da vinda de um profissional uma vez por semana para prestar o atendimento.
A secretaria de Saúde de Araçatuba informou que estudaria a disponibilização de um anestesista contratado pelo município para prestar o serviço, mas a possibilidade não foi aceita pela equipe de profissionais locais.
O CAOE é uma referência nacional no atendimento à pessoa com deficiência e atende pacientes de cerca de 450 municípios. O cadastro da unidade contém 13 mil pacientes, com 500 na fila de espera.