Grupo alerta para os perigos da Hepatite C
Ampliar a conscientização popular sobre a manifestação das hepatites, em especial a do tipo C e as formas de prevenção.
Esta foi uma das propostas apresentadas pela presidente do grupo AraCvida (lê-se "aracêvida"), professora Faustina Amorim da Silva, durante seu discurso na Tribuna Livre da 18ª sessão ordinária do ano, realizada nesta segunda (04) na Câmara Municipal de Araçatuba.
Em ação simultânea ao discurso da presidente, voluntárias do grupo AraCvida distribuíram panfletos educativos com a definição, sintomas, diagnóstico, tratamento e dicas de prevenção contra a doença.
Segundo ela, ação semelhante foi desenvolvida no domingo, durante o Culturaça no Centro Comunitário do Parque Real, onde foram realizados testes rápidos de triagem para a hepatite C, distribuição de preservativos, panfletagem e abordagem direta sobre a doença.
"A hepatite C é uma doença silenciosa, sem sintomas na maioria dos casos. Grande parte dos portadores só percebe que está doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica com risco de lesões no fígado (cirrose) e câncer neste mesmo órgão", alertou Faustina.
Segundo a presidente do grupo, existe cura para a doença e ela é definida pela ausência de vírus no sangue seis meses depois de terminado o tratamento.
Para Faustina, a união de esforços do Poder Público com as organizações não-governamentais e a sociedade civil é uma das principais forças aliadas para conter a disseminação das hepatites.
"O uso freqüente de preservativos nas relações sexuais e de materiais descartáveis para transfusão de sangue e tratamento estéticos (fazer as unhas das mãos e pés, tatuagens) devem ser seguidos à risca por todos como formas de prevenir a doença", explicou.
A doença
A hepatite C é causada por um vírus transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas a infecção também pode passar por meio das relações sexuais e do contato de mãe para filho.
O portador do vírus da hepatite VHC pode desenvolver uma forma crônica da doença que leva a lesões no fígado (cirrose) e câncer hepático.
No mundo, há cerca de 180 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C; no Brasil, são 3 milhões de pessoas. Nos últimos três anos, em Araçatuba, cerca de 140 pessoas foram diagnosticadas com a doença.