Entidades sindicais de Araçatuba aderiram à mobilização nacional contra a reforma da Previdência. Um grupo de professores, funcionários e alunos da rede estadual de ensino esteve, na manhã desta quarta-feira (15/03), na Câmara dos Vereadores. Os manifestantes foram recebidos no plenário da Casa pelo presidente do Legislativo, vereador Rivael Papinha (PSB).

O protesto foi organizado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e contou com o apoio da Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo), Umesa (União Municipal dos Estudantes Secundaristas) e Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo).

“Dez escolas de Araçatuba estão hoje totalmente paralisadas e outras proporcionalmente. A nossa pauta é contra a reforma da Previdência. Também pedimos reajuste, porque estamos sem reposição salarial há três anos. Estamos todos juntos nesta luta”, explicou o conselheiro estadual da Apeoesp, Diego Nagate Rodrigues.

Cerca de 350 pessoas, segundo os organizadores, concentraram-se na avenida dos Araçás, percorreram o Calçadão e a praça Rui Barbosa até chegar à Câmara Municipal, onde pediram o apoio dos vereadores. Manifestações também ocorreram em Auriflama, Guararapes e Birigui.

O presidente do Legislativo araçatubense, vereador Rivael Papinha, informou já tramitam na Casa e devem ser apreciados em breve pelos vereadores uma moção de repúdio à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 287, de 2016, que trata da reforma da Previdência, e um projeto de resolução que constitui comissão especial de três vereadores para promover debates sobre o assunto com a população.

“A Câmara já vem trabalhando neste sentido com algumas propostas que já estão na Casa, sendo debatidas com os vereadores. Não estamos de braços cruzados. Colocamo-nos à disposição para acolher, orientar e somar forças contra essa proposta de reforma da Previdência”, declarou Papinha.

PROPOSTA –
A reforma da Previdência Social enviada ao Congresso Nacional prevê, entre outras propostas, o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para os contribuintes reivindicarem aposentadorias. O trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverá contribuir por 49 anos. Se aprovadas, as novas regras atingirão trabalhadores dos setores público e privado. A única categoria que não será afetada é a dos militares.