O panorama da corrupção no Brasil, suas consequências e as formas de combate a essa prática foram tema da palestra proferida ontem (20), à noite, pelo deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB) na sala de sessões da Câmara Municipal de Araçatuba.

A vereadora Tieza (PSDB), o vereador Dr. Nava (Pros) e lideranças políticas de Araçatuba e região participaram do encontro na sede do Legislativo local. Para Mendes Thame, a corrupção causa impactos negativos à integridade do Estado de Direito e inibe investimentos da iniciativa privada no País, o que prejudica a geração de empregos e renda, e, consequentemente, abala as relações de consumo e desenvolvimento econômico e social.

Segundo ele, a integração de forças anticorrupção que incluem o fortalecimento de entidades ligadas à fiscalização do emprego de recursos públicos, a agilidade do Poder Judiciário, eficiência da legislação e aplicação de punições em caso de descumprimento do dever legal e a mobilização popular são aliadas para reforçar o combate a essa prática.

“O próprio setor privado induz à corrupção: empresas corruptoras influenciam agentes políticos corruptos a desviar recursos públicos e assim instituem a roubalheira nesse segmento. Um Estado corrupto não tem credibilidade e dessa forma ficam solapados os alicerces da democracia”, explicou Thame.

Presidente da Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção (Gopac), instalada em 2013 no Congresso Nacional e que insere o Brasil numa ação global que contempla mais de 50 países, Mendes Thame afirmou que o grupo apresentou à Presidência da Câmara dos Deputados, em conjunto com a Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, cerca de 400 propostas que tramitam há anos no Congresso.

“Deste total, 50 projetos estão prontos para entrar na pauta, basta inseri-los. É preciso que a sociedade se una a Gopac para ampliar a fiscalização dos atos do entes públicos, a visibilidade da Lei da Transparência e somar forças ao trabalho empreendido pelo Ministério Público para eventuais investigações”, comentou.

Para a vereadora Tieza, a adesão de representantes políticos e da sociedade civil ao encontro representou o fim da tolerância à prática de corrupção no País.

“É uma tarefa de todos nós: ampliar o conhecimento sobre a corrupção e os meios para combatê-la, cada um no seu campo de atuação, governamental ou não. A plateia foi formada por representantes da comunidade e dos setores produtivos que têm em comum o compromisso de eliminar a corrupção em seus diversos níveis”, concluiu a vereadora.