Moradores de área fechada reclamam de poeira(Veja Vídeo)
Dezenas de moradores da Associação Residencial Habiana estão reclamando da poeira vinda da estrada "Boiadeira", que passa ao lado da área fechada, em Araçatuba. As principais queixas são a sujeira da área interna e problemas respiratórios. As reclamações foram feitas ao gabinete da vereadora Edna Flor (PPS).
A área residencial é formada por 250 casas. Apesar do muro de separação, caminhões canavieiros e outros veículos levantam a poeira da estrada, que atinge as casas. O trânsito no trecho é intenso o dia todo.
Na parte interna do residencial Habiana, são visíveis as alterações causadas pela poeira. As casas, veículos e automóveis que ficam próximos ao muro que separa a estrada estão impregnados de terra, o que tem gerado reclamações entre os moradores. Outro incômodo comum são os problemas respiratórios decorrentes da exposição à poeira.
Uma das moradoras que lamenta a situação é a professora de biologia Márcia Gonçalves Gomes dos Santos. Ela tem um filho acamado e com problemas respiratórios. "Ele tem uma sequela neurológica de um acidente e precisa tomar sol. Ocorre que, com essa poeira, nem é possível. Está afetando a qualidade de todas as pessoas que residem aqui', explica. Na casa de Márcia, a sujeira trazida pelo pó da estrada obriga a moradora a lavar o local várias vezes por semana.
A comerciante Ruth Iamada mora há dois anos no residencial e também se queixa do problema. "Meu marido está doente e não pode sair de casa. Não temos como usufruir de uma vida saudável", conta.
Há cinco anos, os próprios moradores do conjunto se uniram e conseguiram asfaltar parte da via "Boiadeira". Porém, o fluxo contínuo de veículos pesados causou danos na estrada e hoje parte do trecho asfaltado está voltando a ser de terra. Na tentativa de buscar saídas para o problema da poeira, um caminhão de uma usina joga água na estrada em alguns horários do dia. Em pouco tempo, porém, a poeira volta, com a passagem de veículos.
O síndico do Residencial Habiana, Rogério de Almeida, explica que a situação está longe de uma solução definitiva. "É um problema antigo aqui. Fomos ao Ministério Público, à prefeitura e ao Departamento de Estradas de Rodagem, mas não tivemos um resultado efetivo", disse.