Moradores denunciam precariedades no bairro Verde Parque(Veja Vídeo)
Ruas de terra cercadas de buracos e mato alto por todos os lados. A precariedade de infraestrutura dos três principais corredores de circulação de pedestres e veículos do bairro Verde Parque (Rua Amadeu Vuolo, Alameda Carlos Berger e Rua Santa Terezinha) reforçam o sentimento de baixa auto-estima estampado no rosto dos moradores daquela localidade há mais de 15 anos.
A presidente da Câmara, vereadora Edna Flor (PPS), tem acompanhado desde o início do seu primeiro mandato (2001-2004) o sofrimento das famílias e esteve nesta semana ouvindo a comunidade.
São crianças, adolescentes, pais, mães, avós: cidadãos que estudam, trabalham, moram em um bairro desprovido de posto de saúde, escolas próximas, ruas pavimentadas, centro comunitário, espaço garantido ao esporte, lazer e tudo mais que garanta o mínimo de conforto e dignidade àquela comunidade.
No tocante ao asfaltamento, a situação é calamitosa. Coletivos, ônibus escolares e caminhões - os poucos que se arriscam a passar por aquelas vias - trazem consigo poeira e ao mesmo tempo arremessam pedras e entulho nas calçadas e nas varandas das casas. Resultado: saúde dos moradores constantemente ameaçada.
"Eu já testemunhei acidentes na frente da minha casa por conta de um ônibus que desviou de buracos no meio da rua e atingiu um veículo parado próximo da calçada. Imagine se houvesse uma criança ou pessoa idosa perto dali", explicou o operador industrial Pedro Valter Raberman.
De acordo com a cabeleireira e missionária religiosa Josevilma Nascimento, o período de chuvas piora a situação. "As ruas ficam tomadas pelo lamaçal, o que torna impossível a passagem de coletivos pelas ruas", completou.
Como consequência, segundo ela, os veículos de transporte coletivo não chegam a muitos pontos de espera, o que leva moradores a enfrentarem caminhadas de aproximadamente mil metros para chegar à Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463) para tomar os ônibus.
A manicure Jânia Carvalho e Silva contou que são inúmeros os prejuízos obtidos pelo conserto dos pneus de sua moto, constantemente furados devido aos buracos da rua. "Para evitar mais problemas, às vezes prefiro empurrar a minha moto da pista até minha casa", desabafa.
Desapontados com as promessas das sucessivas administrações municipais, os moradores ouvidos são unânimes. "As promessas de que o asfalto virá são inúmeras, mas até agora nada. Estamos carentes de tudo", afirmaram.