Moradores do bairro Santana estão reclamando sobre o barulho que ocorre na feira livre realizada toda sexta-feira das seis da manhã ao meio-dia. A situação foi encaminhada ao vereador Joel Platibanda (PMN).
A feira livre ocupa apenas um quarteirão da rua Marcondes Salgado e é realizada há mais de 30 anos no trecho. Há alguns anos, o espaço ocupado pelos vendedores era um pouco maior. No local, dezenas de feirantes montam bancas para venderem frutas, legumes, verduras e outros alimentos.

A presença da feira, porém, está trazendo algumas insatisfações a moradores. O pedreiro Antonio Aparecido da Rocha, que reside em frente ao comércio aberto de produtos hortifrutigranjeiros, reclama do barulho iniciado às quatro e meia da manhã e os proprietários das casas têm dificuldades para sair com os veículos às sextas de manhã. "A minha vizinha deixa o carro na casa da mãe dela por causa da feira. Essas barracas deveriam ser montadas em outro local, na praça São Benedito aqui ao lado, por exemplo, seria a solução. Ali cabe todos os feirantes", disse. Rocha ressalta que deve ser encontrado um caminho para a situação, tendo em vista que os moradores e os feirantes pagam impostos.

Morador da residência 344, o aposentado João Batista afirma que a feira tira o direito de ir e vir. "Antes da feira era um sossego, a gente tinha o direito de ir e vir. "É muito barulho de caixas por aqui. Sei que são pessoas honestas, mas o barulho perturba demais", observa.

Terezinha Galhardo é feirante desde os primeiros anos em que o comércio ao ar livre surgiu na rua Marcondes. Ela comercializa frutas, legumes e verduras e depende do trabalho para sobreviver e sustentar a família. Na avaliação dela, o uso da área às sextas-feiras para a feira é rápido. "Às vezes algum barulho faz, mas mudar de lugar fica mais ruim porque a feira já é fraca. É duro para o morador, mas a gente paga imposto por metro durante o ano da banca utilizada. É quase o imposto de uma casa", disse.