Representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) estiveram presentes na 7º sessão ordinária do ano.

O objetivo da visita foi apresentar aos doze vereadores e a população o motivo pelo qual a greve foi decretada. Os representantes foram recebidos oficialmente pelas vereadoras Durvalina Garcia e Beatriz Nogueira, ambas do PT.

Entre as principais reivindicações estão o aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para PEB I com jornada de 20 horas semanais de trabalho, implantação da jornada do piso, nova forma de contratação dos professores temporários, com garantia de direitos, sem "quarentena" ou "duzentena", fim do fechamento de classes, reabertura das salas fechadas, desmembramento das salas superlotadas, aumento dos vales transporte e refeição e pela transformação do bônus em reajuste salarial.

Durante a sessão, a palavra foi ministrada pelo conselheiro estadual da Apeoesp, Diego Nagate Rodrigues, que ressaltou as reivindicações da categoria e o alto índice de classes fechadas em Araçatuba. “Entre as 3.300 classes fechadas no Estado de São Paulo, 40 foram registradas em Araçatuba”, afirmou o conselheiro.

A coordenadora da subsede local, Neide Aparecida Bonfietti, também esteve presente e disse que todo ano os professores passam pelas mesmas dificuldades.

“Para que um país se desenvolva, é necessário educação de qualidade. Queremos que a sociedade e pais de alunos entendam que estamos lutando apenas por melhores condições de trabalho, pois pesquisa realizada recentemente comprova que professor é a categoria (com nível de ensino superior) mais desvalorizada no Estado”, declarou.

REUNIÃO
Na tarde do dia 19 de março membros da Apeoesp se reuniram no Plenário da Câmara dos Vereadores para discutir as reivindicações da categoria e apresentar melhorias para o movimento. A vereadora Durvalina Garcia (PT) faz parte do Conselho do Sindicato e destacou a importância da participação dos professores na greve. “Os professores podem participar da greve sem medo, pois estamos agindo dentro da lei”, disse a conselheira da Apeoesp. Em seu pronunciamento, a vereadora destacou a importância da união entre a categoria e pediu para os professores apontarem quais são os problemas encontrados nas escolas que cada um leciona.

A coordenadora da subsede da Apeoesp de Araçatuba, Neide Bonfietti, ressaltou as reivindicações exigidas pelos professores. “Não iremos abrir mão do piso salarial, pois os professores recebem a menor remuneração entre os profissionais com nível superior completo”, finalizou a coordenadora. A greve dos professores teve início no dia 13 de março.