A falta de medicamentos nas Unidades Básicas da Saúde (UBSs) e na Farmácia Municipal de Araçatuba foi um dos principais assuntos discutidos pelos vereadores durante o Grande Expediente da 20ª sessão ordinária do ano da Câmara. O requerimento de informações foi proposto pelo vereador Joel Platibanda (PMN) e será encaminhado ao prefeito Cido Sério (PT).

No pedido, o parlamentar cita uma reportagem de um jornal local, de 27 de maio deste ano, segundo a qual 23 medicamentos diferentes estão em falta há três meses em órgãos de saúde municipais. Em duas perguntas, o vereador quer saber o motivo da falta dos medicamentos e porque a prefeitura não faz um novo pedido ao governo estadual, que oferece os remédios em falta.

O autor do requerimento criticou a postura da Prefeitura nos procedimentos de solicitação dos remédios junto ao governo estadual. "Fiquei sabendo que o secretário municipal de Saúde não fez o pedido ao Estado. Como o Estado vai adivinhar que faltam os medicamentos em Araçatuba sem essa comunicação", questionou Platibanda.

Segundo o vereador, que trabalha voluntariamente no transporte de pacientes, a população está sendo prejudicada com o problema. "A saúde tem mais de R$ 9 milhões em recursos, mas as pessoas não estão encontrando os remédios onde procuram", afirmou.

Para a vereadora Tieza (PSDB), falta planejamento da Prefeitura na solicitação dos remédios junto ao governo estadual. "Vejo a falta de prontidão da Prefeitura no envio das planilhas e formulários com os medicamentos necessários. Os recursos e convênios estão aí e é uma questão de providências. São problemas na relação da documentação que precisam ser melhorados pela administração. Tem que saber onde ocorre a falha", observou a vereadora.

O vereador Edval Antônio dos Santos (PP) citou que há R$ 982 mil da União disponíveis para a compra de medicamentos. "Acho que foi o governo do estado que não repassou", disse. "Pode estar havendo problemas na distribuição destes medicamentos e temos que analisar o que está ocorrendo", disse.

Segundo a vereadora Profª Durvalina (PT), houve um "problema de comunicação" que ocasionou a falta de remédio em uma das unidades básicas. "O secretário da saúde nos disse que existem os medicamentos no município", citou.

Pronto-socorro
Também durante o Grande Expediente, o Plenário aprovou o requerimento de informações oficiais, também de autoria do vereador Joel Platibanda (PMN), que cobra informações sobre o atendimento no pronto-socorro municipal "Ainda Vanzo Dolce".

Com base em uma reportagem de um jornal local, que apontou a demora no atendimento a pacientes, Platibanda quer saber o número de médicos em atuação, suas respectivas cargas horárias na unidade e se o total de profissionais é suficiente para atender na rede municipal de saúde.