Prestação de contas da Saúde tem vários questionamentos
As ações da secretaria municipal de Saúde entre os meses de maio e agosto foram divulgadas durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (28/9) na Câmara de Araçatuba. O encontro teve vários questionamentos, incluindo a falta de medicamentos, o fechamento do Pronto Atendimento (PA) do São João e a fila de espera para exames oftalmológicos.
A audiência pública foi conduzida pelo presidente da Câmara, vereador Rivael Papinha (PSB), e teve as participações dos vereadores Dr. Alceu (PV), Lucas Zanattta (PV) e Cido Saraiva (PMDB).
BALANÇO
Conforme os dados apresentados pela secretária da pasta, Carmem Guariente, as receitas líquidas de transferências do Ministério da Saúde repassadas ao Fundo Municipal de Saúde foram de R$ 12,5 milhões. Já as receitas de transferências da secretaria de Estado da Saúde ao município chegaram a R$ 448 mil. As despesas pagas no segundo quadrimestre pelo Fundo Municipal de Saúde e secretaria municipal de Saúde alcançaram R$ 41,5 milhões, sendo os valores aplicados em saúde no município de 22,75%.
O vereador Cido Saraiva (PMDB) questionou a demora para a realização de exames oftalmológicos e a falta de medicamentos no município. Em resposta, a secretária Carmem explicou que alguns medicamentos em falta são do programa “Dose certa” e a entrega depende do Estado. Segundo a responsável pela pasta, o município tem uma fila de espera de 10 mil consultas para os exames.
FECHAMENTO DO PA DO SÃO JOÃO
O vereador Rivael Papinha fez perguntas sobre o fechamento do PA do São João e o atraso da inauguração de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). “A gente recebeu as UPAS e planejamos as inaugurações e reformas, mas houve pendências e vai depender de licitações. O PA vai fechar, ainda não temos uma data. Estamos buscando saídas, pois a gente nunca termina um serviço sem colocar outro atendimento à disposição da população”, afirmou a secretária de Saúde.
O vereador Lucas Zanatta, presidente da Comissão de Saúde da Câmara, levantou a preocupação com os casos de funcionários de Saúde com síndrome de bournout. Já o vereador Dr. Alceu falou sobre reclamações sobre a falta de medicamentos para os diabéticos.
Outros questionamentos abordaram o problema das ausências de pacientes em consultas, o custo para a manutenção do Hospital da Mulher e a possibilidade de terceirização do serviço de transporte de saúde.