O Plenário da Câmara de Araçatuba aprovou um requerimento de informações oficiais, proposto pela vereadora Profª Durvalina (PT), sobre os atendimentos dos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) em Araçatuba.

No pedido oficial, a parlamentar quer saber o número de atendimentos, os encaminhamentos e as dificuldades enfrentadas pelos centros de referência. Na atualidade, o município possui quatro CRAS: Umuarama, São José, Juçara e Rosele. Enquanto as duas primeiras unidades são as mais antigas e foram reestruturadas no atual governo, os centros dos bairros Juçara e Rosele começaram a funcionar no ano passado.

Durante a discussão do requerimento, a vereadora Profª Durvalina (PT) comentou sobre a abrangência dos centros de referência existentes no município. "As unidades estão instaladas em áreas de maior risco e vulnerabilidade social. Precisamos saber se toda a demanda está sendo atendida e como estão ocorrendo os encaminhamentos", assinalou.

O vereador Rivael Papinha (PSB) lembrou que o CRAS do Juçara, localizado na zona sul da cidade, facilitou a vida de dezenas de moradores que tinham de se deslocar até a região central para serem atendidas. "A demanda é imensa e precisamos atender mais pessoas", frisou.

Na avaliação da vereadora Tieza (PSDB), a elevada procura pelos CRAS está relacionada à falta de oportunidades de emprego. "Se o volume de atendidos está muito elevado é preciso olhar para a geração de empregos e outras políticas sociais. É preciso monitorar esses números rumo à emancipação", disse. O vereador Joel Platibanda (PMN) concordou com Tieza. "Se as pessoas tivessem emprego não estariam procurando os CRAS", observou.

O vereador Prof. Cláudio (PMN) defendeu a ampliação das unidades dos CRAS. "Se está cheio é porque está havendo atendimento. Precisamos expandir para as outras regiões e fazer o remanejamento para outras áreas", afirmou.

A vereadora Edna Flor (PPS), que também apoiou o requerimento, considerou que as informações servirão para mapear as condições de pobreza em Araçatuba. Edna citou dados de uma reportagem que aponta a existência de cerca de 150 pessoas morando nas ruas no município. "Precisamos de uma atenção maior às entidades assistenciais. Há uma estrutura positiva, mas o serviço precisa ser aprimorado", disse.

Após expor as dificuldades para se mapear as condições de famílias em situação de vulnerabilidade social, o vereador Dr. Nava (PSC) avaliou positivamente a descentralização dos centros de referência. "Depois de buscar essas informações, é necessário efetivar as ações dessas políticas sociais", afirmou.

O Centro de Referência de Assistência Social é a unidade básica de atendimento e promoção de ações do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A iniciativa funciona como porta de entrada do cidadão à rede de proteção social e busca reduzir as desigualdades sociais. As unidades contam com equipes formadas por vários profissionais, como assistentes sociais, coordenadores, psicólogos e fisioterapeutas.

As principais ações de inclusão sócio-familiar são: acolhida e recepção, oficinas de geração de renda, atendimentos individuais e encaminhamentos, entre outros.