O secretário municipal de Mobilidade Urbana de Araçatuba, Paulo Arcanjo da Cruz, prestou esclarecimentos na Câmara Municipal, nesta segunda-feira, 21/03, durante a 7ª Sessão Ordinária do ano. Atendendo a pedido do vereador Joaquim Pereira de Castilho (PDT), a sessão foi transformada em informal por uma hora, para que o secretário fosse ouvido.

O convite foi feito após polêmica sobre supostas falhas no sistema de operação de radares em Araçatuba, serviço prestado pela empresa Splice Indústria, Comércio e Serviços Ltda., que também foi citada pela imprensa nacional na última semana como suspeita na integração de esquema de fraudes no país.

Durante os esclarecimentos, Cruz afirmou que não há problemas operacionais nem administrativos na atuação da empresa em Araçatuba, embora tenha ocorrido recentemente uma falha no sistema de radar - situação que o secretário classifica como pontual e já solucionada.

Segundo ele, foi observado, de 20 de janeiro a 04 de março deste ano, no cruzamento entre a Avenida Brasília e a Avenida Paulista, no bairro Jardim Nova Iorque, 31 imagens com problemas técnicos, acusando de forma incorreta a posição dos veículos. Ainda assim, as multas não foram validadas e a empresa reparou o dano, inclusive com ressarcimento de R$ 2.638,90 mil ao município.

Ainda conforme explicações do secretário, existem atualmente dois contratos com a empresa citada, um deles para o gerenciamento de multas, e outro para fiscalização eletrônica por meio de radares, ambos assinados em 2007, com um custo anual fixado em cerca de R$ 556 mil.

Cruz esclareceu também sobre o número de radares em atividade em Araçatuba. Dados da Secretaria apontam nove pontos para instalação de radares em esquema de rodízio, escolhidos por meio de estudos técnicos. Para atuar nestes pontos, cinco equipamentos estão disponíveis, quatro deles fixos e um estático. Entre os radares fixos, três deles registram o avanço dos veículos no sinal vermelho, e o quarto radar é específico para a medição de velocidade.

Após a explanação do secretário, os vereadores, atendendo a requerimento protocolado pelo vereador Dr. Nava (PSC), votaram favoráveis à instalação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), para apurar novos fatos ou denúncias relacionados à prestação de serviços da empresa Splice na cidade. Compõem a CEI os vereadores Joel Platibanda (PMN), Edval Antônio dos Santos (PP), Rivael Papinha (PSB), Olair Bosco (PP) e Joaquim Pereira de Castilho (PDT).