Relatório de comissão aponta viabilidade do Hospital da Mulher
A redução de despesas, a rescisão de contratos e a otimização de serviços são as alternativas para manter o Hospital Municipal da Mulher de Araçatuba em funcionamento. Essas foram as conclusões do estudo realizado por uma comissão de representantes do DRS II (Departamento Regional de Saúde), da Secretaria Municipal de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde e da Câmara.
O relatório técnico de análise da funcionalidade com propostas de revisão da estrutura e dos serviços prestados no Hospital da Mulher foi apresentado à imprensa e à população, na tarde desta quinta-feira (25/02), no plenário da Câmara. O presidente da Comissão Permanente de Saúde, vereador Rivael Papinha (PSB), e a vereadora Tieza (PSDB), que fizeram parte do grupo de trabalho, estavam presentes. A vereadora Edna Flor (PPS) também acompanhou a apresentação.
A comissão foi formada em janeiro, depois que a Prefeitura anunciou o fechamento do Hospital da Mulher, alegando dificuldades financeiras para manter a unidade, que atende os municípios de Araçatuba, Santo Antônio do Aracanguá e Nova Luzitânia. O estudo foi realizado em aproximadamente 40 dias.
Em visita ao hospital, o grupo verificou a falta de manutenção e conservação de várias dependências. Além da descrição do espaço físico, o relatório apontou uma taxa de ocupação de 30% dos 36 leitos hospitalares atualmente disponíveis. Diante disso, a comissão constatou que é possível reduzir as despesas do Hospital da Mulher em R$ 449.477,99 e mantê-lo em atividade com um custo mensal de R$ 544.722,31.
Para isso, o grupo sugere, entre outras medidas, a redução dos gastos com folha de pagamento, a extinção de horas extras, a revisão do contrato para exames de mamografia e a rescisão do contrato com a OS (Organização Social) Associação das Senhoras Cristãs de Araçatuba, que administra o hospital. “A nossa proposta é que a própria Prefeitura assuma a gestão”, disse Papinha.
A médio prazo, a comissão propõe gestões para a implantação do sistema de financiamento tripartite – Município, Estado e União – e, a longo prazo, a ideia é transformar a unidade em Hospital Regional de Referência em Saúde da Mulher.
“Estamos mostrando ao prefeito Cido Sério que é possível oferecer um atendimento bem melhor que o atual com menos dinheiro. Agora, a decisão é dele”, disse a vereadora Tieza. “A nossa expectativa é a de que o prefeito suspenda o fechamento do hospital, analise a nossa proposta e, entendendo que ela é boa, comece a implementá-la”, completou Papinha.