Requerimento questiona gastos do prefeito em viagem para posse de ministro
O custeamento da viagem do prefeito de Araçatuba Cido Sério (PT) e do vice Carlos Hernandes (PDT) para a solenidade de posse do ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas em Brasília foi tema de um requerimento de informações oficiais discutido durante os trabalhos da 14ª sessão ordinária do ano da Câmara. Devido ao esgotamento do tempo regimental, o requerimento, de autoria do vereador Joel Platibanda (PMN), volta a ser debatido na próxima sessão.
No documento, o vereador quer saber se os gastos foram custeados pela administração e solicita cópias dos comprovantes das despesas feitas com a viagem realizada em 31 de março deste ano, quando o araçatubense Carlos Eduardo Gamas assumiu o Ministério da Previdência Social. A solenidade ocorreu no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF).
O vereador Joel Platibanda denunciou que um empresário do município, que presta serviços para a Prefeitura, teria cedido um avião para levar o chefe do Executivo e seu vice até a capital federal. "Quero ter esse esclarecimento", cobrou o parlamentar.
Os vereadores Arlindo Araújo (PPS) e Tieza (PSDB) apoiaram o teor do pedido de informações. "Se o avião pertencer a um empresário que presta serviços para o município e fica essa questão de dever favor é complicado. Por isso, acho válida a solicitação", disse Arlindo Araújo.
"Precisamos saber como foi custeada essa viagem e conhecer as responsabilidades. Nosso dever de vereador é fiscalizar a administração", reforçou a vereadora Tieza.
Os vereadores Dr. Nava (PSC), Prof. Cláudio (PMN) e Joaquim da Santa Casa (PDT) posicionaram-se contra o requerimento. Para os parlamentares, as despesas da viagem não estão em desacordo, por se tratar de um evento oficial.
Eles destacaram que, além da solenidade, os representantes do Executivo foram a Brasília em busca de recursos federais do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e da liberação de R$ 5 milhões para obras de recuperação da cidade no período pós-chuvas.
"É um direito usar essa verba de gabinete em eventos oficiais. Não há nenhuma responsabilidade civil. Os detalhes da viagem foram divulgados pela imprensa e não há irregularidades", defendeu Dr. Nava.
O requerimento volta a ser discutido no Grande Expediente da próxima sessão ordinária.