Reunião discute inclusão de deficientes na rede pública de ensino(Veja Vídeo)
Representantes da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), da Ama (Associação de Amigos do Autista), das secretarias municipal e estadual de ensino e mães de crianças e adolescentes com deficiência se reuniram na tarde de terça-feira, 1º/9, para discutir a inclusão no município. Os vereadores Tieza (PSDB), Edna Flor (PPS) e Prof. Cláudio (PMN) participaram do encontro.
O principal assunto debatido entre as entidades foi a necessidade de as redes municipal e estadual oferecerem condições para incluírem as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos no ensino regular. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece que todos tenham acesso obrigatório à educação escolar.
Três mães, cujos filhos apresentam deficiência, relataram as dificuldades enfrentadas com o ingresso deles na rede municipal. "Minha filha saiu da Apae e não consegue acompanhar o ensino. Foi para uma sala com 28 alunos. Os professores estão sem condições de recebê-los", contou uma mãe.
Denílton Carlos Carvalho, presidente da AMA (Associação de Amigos dos Autistas), explicou que ainda há vários pontos indefinidos para que as entidades entrem em acordo com a Secretaria municipal de Educação. Carvalho citou a falta de capacidade de atendimento da rede pública e a ausência de adaptabilidade e capacitação. "A rede está passando para a entidade para que, a partir do ano que vem, haja essa inclusão", disse. "Tem que ser um processo gradual, para que todas as necessidades sejam atendidas", completou. A Ama atende 32 autistas em Araçatuba e região.
A presidente da Apae de Araçatuba, Cléia Dalva Parreira, disse que falta preparação para receber os alunos. "Temos toda uma família desesperada que não sabe o momento em que vai para a rede. Estamos com muito cuidado e fazendo negociações. A rede não está pronta para atender", destacou. Cléia explicou que vários profissionais fornecem um atendimento diferenciado na unidade especializada.
A supervisora de ensino Jane Bedran disse que o estado está orientando para que os alunos com sérios comprometimentos continuem tendo atendimento nas unidades especializadas.
A vereadora Tieza explicou que outras reuniões devem ser realizadas. "Tem que se resolver a inclusão de forma que não comprometa a educação. As crianças especiais possuem dificuldades e não podem ter a educação comprometida", disse.