A secretária municipal de Educação, Beatriz Soares Nogueira, voltou a ser sabatinada pelos vereadores durante os trabalhos da 28ª sessão ordinária (08/09). Desta vez, ela atendeu ao requerimento de autoria do vereador Dr. Nava (PSC). No início da exposição, foi exibido um vídeo de aproximadamente uma hora, trazido pela secretária, que relatou os trabalhos da pasta com ênfase na política pedagógica implantada na rede municipal de ensino.  

O vereador Dr. Nava foi o primeiro a fazer perguntas. Ele quis saber o que está sendo feito para combater a violência e a evasão escolar. Segundo a secretária, há vários fatores sociais que contribuem para aumentar o estado de violência dentro dos muros escolares, entre eles, mudanças na estrutura familiar, condições econômicas e a própria globalização. "Isso exige uma relação mais atual entre professor e aluno, que está sendo implementada com a formação e treinamento contínuo dos educadores, e a diminuição do número de alunos por classe", explicou. Sobre a evasão escolar, a secretária anunciou que o índice no município é de 0,17% ao ano.  

Respondendo a uma pergunta formulada pelo vereador Edval Antônio dos Santos (PP) sobre a EJA - Educação de Jovens e Adultos -, Beatriz explicou que foi ampliado o número de salas do projeto, que atende hoje 563 alunos. "Os alunos do EJA têm acesso ao material pedagógico, coordenação e passaram a fazer parte do projeto pedagógico da escola", destacou.  

Já para uma pergunta formulada pela vereadora Edna Flor (PPS), a secretaria não teve resposta. A indagação da vereadora se referiu aos gastos com as Conferências Municipais de Educação.   

Em uma rápida intervenção, o vereador Joel Platibanda (PMN) cobrou informações sobre o uso de computadores nas escolas do município. Segundo o vereador, a ex-prefeita Marilene Magri (PSDB) teria comprado 520 computadores para as unidades escolares. Em resposta ao vereador, Beatriz disse que os equipamentos estão sendo usados desde o 2º semestre de 2009. "Os computadores estão nas escolas. Todas contam com laboratórios de informática e possuem autonomia para usar os equipamentos", explicou.

O vereador Prof. Cláudio (PMN) quis saber a opinião da secretária sobre o processo de municipalização do ensino. A titular da pasta de Educação, por sua vez, enfatizou a qualidade da aprendizagem oferecida pela rede municipal. "O ensino universalizado é um direito do cidadão enquanto sujeito", disse.

A vereadora Profª Durvalina (PT) solicitou à convocada informações sobre a Agenda 21 Escolar na rede municipal. A secretária ressaltou a importância da iniciativa para a inserção dos estudantes no universo em que vivem. "Cada escola terá um setor da agenda 21 local, que tem como princípio o cuidado com a cidade a partir do bairro", afirmou.

Líder do prefeito na Câmara, o vereador Joaquim da Santa Casa (PDT) questionou Beatriz sobre a educação especial. Ele quis saber se foi a atual administração que implantou. "O projeto existe desde 2007, mas avançou muito na atualidade", disse a secretária. Segundo ela, um exemplo disso foi o treinamento de profissionais para trabalhar exclusivamente com crianças que apresentam transtornos muito severos. "Além de capacitar esse profissional para lidar com a questão de maneira correta, é uma forma de tirar a responsabilidade do professor em sala de aula", explicou.

A formação dos profissionais da rede municipal também foi tema de pergunta do vereador Cido Saraiva (PMDB). A titular da pasta destacou que uma das demandas apontadas nas Conferências Municipais de Educação foi a necessidade de formação contínua de todos os trabalhadores da área educacional.

Ao final da sabatina, questionada pela vereadora Tieza (PSDB) se os problemas de infraestrutura comprometem a execução do programa pedagógico, a secretária respondeu que materiais didáticos, brinquedos e ambientes escolares limpos são importantes, mas não essenciais. "Esses elementos facilitam o processo de interação, mas o essencial é o material humano: professor e aluno", avaliou.