Três palestras sobre os malefícios e as formas de combate ao fumo foram realizadas na manhã desta segunda-feira, 31/05, no auditório do Sest/Senat de Araçatuba, para marcar o "Dia Mundial sem Tabaco", comemorado hoje. O encontro teve a participação de dezenas de agentes comunitários de saúde, enfermeiros, universitários e outros profissionais da área da saúde. A Câmara apoia o evento.

As palestras foram ministradas pelo endocrinologista Antônio Fontanelli, pela terapeuta complementar Lúcia Lemos e pelo músico José Renato Gimenes. Os palestrantes apresentaram dados sobre as consequências do consumo do cigarro e formas de combate ao vício, além de técnicas de meditação e dinâmicas de grupo para conscientizar a comunidade sobre o problema.

Para a data deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu as mulheres como foco das campanhas e ações antifumo. O tema escolhido foi "Gênero e tabaco com ênfase no marketing para mulheres". O Dia Mundial de combate ao fumo foi criado em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o tabaco causa 200 mil mortes no país por ano. O instituto destaca que, no início da década de 90, 1,1 bilhão de pessoas consumiam o tabaco no mundo; em 1998, esse número alcançou 1,2 bilhão de pessoas. A OMS estima que o tabaco será responsável por 8,4 milhões de mortes em 2020.

O endocrinologista Antônio Fontanelli ressaltou que o cigarro é uma das doenças que mais matam no mundo, devendo haver ações para combater a dependência. "O tabaco mata mais que o álcool e acidentes automobilísticos e está crescendo bastante o consumo entre os jovens", afirmou.

Segundo a terapeuta complementar Lúcia Lemos, os dependentes do tabaco podem encontrar na meditação uma forma para superar o vício. "Dificilmente a pessoa consegue superar apenas via medicamentosa. A técnica faz a pessoa voltar para o seu interior e ver a necessidade de mudanças", destacou. "Os gestores da área da saúde são coadjuvantes neste processo e transmitirão estes conhecimentos", completou.

O músico José Renato Gimenes, também palestrante do evento, tem opinião semelhante. "As pessoas têm que buscar mudanças e a música é um elemento para essa reflexão", afirmou.

A enfermeira Doralice de Souza Sumida, que acompanhou todas as palestras, destacou a importância dos assuntos debatidos para os profissionais da saúde. "O acesso a essas informações é importante para capacitar os profissionais e gestores, que transmitem o que aprendem", elogiou.