Trânsito intenso na via João Cazerta preocupa vereador Arlindo Araújo
Em horários de pico, fica difícil trafegar pela estrada vicinal João Cazerta, no prolongamento da rua Aguapeí, em Araçatuba. O trânsito intenso e perigoso na via foi um dos assuntos tratados pelo vereador Arlindo Araújo (PPS) no Pequeno Expediente da 27ª sessão ordinária do ano, realizada na segunda-feira (09/09). Ao ocupar a tribuna, o parlamentar mostrou-se preocupado com a ocorrência de acidentes na rodovia, principal rota de acesso a várias indústrias e propriedades particulares.
A situação é mais grave nas proximidades de um condomínio residencial e do pontilhão sob a linha férrea, segundo Arlindo. "Em determinados horários, o tráfego nessa região fica intenso e bastante perigoso. Já ocorreram algumas mortes em função da alta velocidade das pessoas que por ali passam", disse o vereador. Enquanto ele falava sobre o problema, a TV Câmara exibiu imagens do trânsito na vicinal.
Para conter o número de acidentes registrados no local, o parlamentar solicitou à Prefeitura a instalação de redutores de velocidade nesses dois pontos da via. "Eu já pedi ao senhor prefeito municipal que tomasse providências", anunciou.
PODER -
Na tribuna da Câmara, Arlindo Araújo também refletiu sobre o poder. "O poder é um trem perigoso, como diriam os caboclos que eu conheço. O poder é passageiro, efêmero e inebriante. Em síntese, o poder pode deixar o caboclo abestalhado, capaz de cometer atos estranhíssimos e de falar alguns absurdos", discursou o vereador.
Para justificar a sua afirmação, ele discorreu sobre a ambição. "O poder é inebriante e perigoso, porque, quando uma pessoa é investida de um poder por menor que ele seja, ela sempre quer mais. É nesse momento que as coisas complicam", disse. O exemplo citado pelo parlamentar foram as "trocas" efetuadas entre ocupantes dos poderes Executivo e Legislativo.
"É comum você ouvir dos ocupantes do Poder Legislativo o seguinte: 'eu ajudei a eleger o chefe do Poder Executivo, então eu tenho que participar do governo'. Tem que participar vírgula. Componente do Poder Legislativo tem que cumprir com a sua obrigação, que é a de fiscalizar o Executivo e não andar atrelado a ele, quebrando o galho do Poder Executivo", analisou Arlindo.
E continuou: "Quando um vereador ou um deputado quer participar do Poder Executivo, significa que ele quer um pedacinho de um outro poder que não é dele. Esse pedacinho, na maioria das vezes, são cargos. E de posse desses pedacinhos do Poder Executivo, o ocupante do Poder Legislativo fica submisso, incapaz de cobrar e fiscalizar o Poder Executivo como deveria".
Outro problema, segundo Arlindo, são as mudanças de comportamento. "De posse de um poder, você conhece a pessoa, você sabe do que ela é capaz. O poder transforma o indivíduo. Pessoas que pensam de um jeito acabam pensando e agindo de maneira diferente por conta dessa troca e dessa bagunça", constatou o parlamentar.
Citando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio, para quem freios inibitórios firmes são meios de resistir às pressões, o vereador Arlindo Araújo concluiu a sua fala chamando a atenção dos eleitores para a conduta dos políticos. "Essa história de freios inibitórios está diretamente ligada à fragilidade de caráter de quem recebe um determinado poder. Se ele tiver firmeza de conduta e retidão de caráter, dificilmente vai ceder ou vai mudar de ideia. Prestem atenção", finalizou.