Falta de sinalização e desrespeito. Esses são os problemas que colocam em risco a vida de quem trafega pela avenida Café Filho. O local registra grande fluxo de veículos e de pedestres, principalmente de estudantes, já que a região abriga duas escolas: a Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Profª Norma Gazoni Martins e o Colégio Bom Pastor. Mas, apesar do intenso movimento, a avenida não possui lombadas, faixas de pedestres, placas indicativas da existência de escolas, nem aberturas suficientes nos canteiros centrais para evitar manobras arriscadas.

Por esse motivo, a vereadora Tieza (PSDB) solicitou ao Poder Executivo a instalação de redutor de velocidade e faixa de pedestres próximo às escolas, além da abertura do canteiro central no prolongamento da rua Macedo Soares, no Jardim Icaray. Essa medida é necessária para favorecer os moradores e motoristas que chegam à avenida pelas ruas Macedo Soares ou Manoel Dionísio, no sentido centro - bairro.

Para se dirigirem ao centro da cidade, os condutores devem retornar pela rua Marcos Toquetão, passando sob a rodovia Marechal Rondon. Essa é a manobra correta, mas não a mais executada. Por comodidade, falta de tempo ou desconhecimento, muitos arriscam a própria vida, retornando pela contramão, na rua Anhanguera, que registra intenso tráfego de caminhões. "Apesar do perigo, essa é a manobra mais cômoda. A consequência é a ocorrência de muitos acidentes no local", alerta a presidente da Associação dos Moradores do bairro Alto da Saudade, Creuza Teixeira Silva Souza, que há 40 anos reside na rua Manoel Dionísio.

Outro problema frequente no local é a alta velocidade. Sem obstáculos ou alertas à frente, carros e motos passam pela avenida como se estivessem trafegando numa autopista, o que leva os pedestres a atravessarem a Café Filho sempre correndo. "Os horários de entrada e saída das escolas coincidem com os horários em que o pessoal entra e sai do trabalho, aumentando o fluxo de veículos", acrescenta a representante dos moradores.

A instalação de uma lombada e de uma faixa de pedestres reduziria o risco de acidentes. "A sinalização é uma necessidade que favoreceria as duas escolas. Por natureza, as crianças já não prestam muita atenção. Por isso, acidentes envolvendo alunos já foram registrados, felizmente, não tão graves", conta a diretora do Colégio Bom Pastor, Dinorá Maria Fonseca Figueredo.