A demora na entrega das obras de reforma e ampliação do Restaurante Popular dominou os debates durante o Grande Expediente da 19ª sessão ordinária do ano, realizada na segunda-feira (11/06). A discussão foi motivada por um requerimento de informações oficiais, assinado pelo vereador Joel de Melo Platibanda (PSDB) e aprovado em plenário por nove votos favoráveis e um contrário. No documento, protocolado em 03 de maio, o parlamentar questiona a Prefeitura sobre as datas de início e término das obras.

O Restaurante Popular está fechado desde o dia 29 de agosto de 2011. "Algumas pessoas que almoçavam no local estão preocupadas, porque a reforma já está com muito tempo. Quando vão terminar essa obra?", indagou Platibanda.

O vereador Prof. Cláudio (PMN) esclareceu que a intenção da administração municipal com a reforma é aumentar a capacidade de atendimento de 400 para 1.000 refeições por dia. Para ele, a demora na conclusão das obras se deve à burocracia dos convênios firmados entre União, Estado e Município para a execução de serviços como esse. "Eu acho que os convênios têm que ser mais ágeis", enfatizou.

Os vereadores do PT, Profª Durvalina Garcia e Alex Lapenta, lembraram que o Restaurante Popular é uma política pública de segurança alimentar desenvolvida pelo Governo Federal. "Esse é um projeto muito importante, porque atende não só pessoas carentes, mas também aquelas que precisam fazer uma alimentação mais barata e rápida", disse Durvalina. "Ao freqüentar o Restaurante Popular, a pessoa em situação de vulnerabilidade social ganha dignidade", completou Lapenta.

A vereadora Edna Flor (PPS) sugeriu que, uma vez reaberto, o Restaurante Popular passe a fornecer refeições ao preço de R$ 1 não só no horário de almoço, mas também no jantar, aos finais de semana e feriados. "Eu acho muito triste no Natal, por exemplo, o Restaurante Popular fechar", lamentou a parlamentar.

O fato de o atendimento não ter sido transferido para outro local durante a reforma preocupou a vereadora Tieza (PSDB). "Já vai fazer um ano que esse restaurante está fechado. Como as pessoas que comiam lá estão se virando? Não estamos fazendo uma obra qualquer, que pode esperar. É uma obra que atende uma demanda importante da população em situação de pobreza", disse.

O vereador Edval Antônio dos Santos (PTB) foi o único que votou contrário ao requerimento, alegando que o assunto deveria ter sido questionado em audiência pública de finanças, que acontece a cada quatro meses na Câmara. Os vereadores Cido Saraiva (PMDB) e Dr. Nava (PSD) estavam ausente no momento da votação.

OUTROS REQUERIMENTOS -
Na 19ª sessão ordinária do ano, os vereadores aprovaram ainda outros dois requerimentos de informações oficiais. A vereadora Tieza é autora de um deles, que trata da construção do Pronto-Socorro Odontológico. Segundo a parlamentar, a unidade deveria ter sido entregue à população em abril do ano passado.

O segundo documento aprovado em plenário também foi proposto pelo vereador Joel de Melo Platibanda e pede informações sobre a folha de pagamento do Daea (Departamento de Água e Esgoto de Araçatuba) com cargos em comissão.

Uma vez aprovados, os requerimentos de informações oficiais serão enviados ao prefeito Cido Sério (PT), que terá o prazo de 15 dias para respondê-los.