A comissão especial que acompanha as obras de infraestrutura urbana em Araçatuba, formada pelos vereadores Rivael Papinha (PSB) e Olair Bosco (PP), visitou hoje (15/10) a usina de asfalto da cidade, instalada na Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos). Completaram o grupo os vereadores Joel de Melo Platibanda (PMN) e Tieza (PSDB). A visita à Sosp aconteceu uma semana depois da viagem a São José do Rio Preto.

Os vereadores foram recebidos pelo secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Tadami Kawata, e pelo diretor da Secretaria, o engenheiro civil Avelino Aparecido Rocha. Conforme eles, 80% da malha asfáltica da cidade encontra-se deteriorada, porém a estrutura atual é deficitária para atender à demanda. "As equipes são pequenas e não temos os equipamentos necessários", afirmou o secretário.

Atualmente, a administração pública mantém três equipes para tapa-buracos. O serviço é realizado com massa asfáltica fria, produzida na própria usina. "Como a mão-de-obra, os equipamentos e a massa são próprios, não temos um levantamento dos custos", esclareceu Kawata.

Inaugurada há cerca de 20 anos, a usina de asfalto a frio de Araçatuba funciona oito horas por dia, de segunda a sábado, gerando 25 toneladas/hora de massa asfáltica. Somente neste ano, conforme o secretário, já foram consumidas mais de 700 toneladas de emulsão e aproximadamente sete mil toneladas de pedra para o preparo do produto.

Diferente do tapa-buracos, o serviço de recapeamento, realizado com concreto betuminoso usinado a quente, é terceirizado ao custo médio de R$ 16 o metro quadrado de asfalto aplicado. "Estamos atingindo 70 mil metros quadrados de recape", anunciou o secretário, enfatizando que a espessura do asfalto hoje aplicado é 2,2 cm maior que a contratada por administrações anteriores. "Hoje, são três centímetros. Antes, eram oito milímetros".

Sem previsão orçamentária para investimentos em mão-de-obra e maquinários, a saída encontrada pela Prefeitura para ampliar os serviços de tapa-buracos no município também foi a terceirização. "Estamos em processo de licitação para a contratação de mais quatro equipes", informou Kawata.

O secretário também defendeu a licitação de R$ 55 milhões para obras de recuperação asfáltica, que está sob análise do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). "Trata-se de uma concorrência pública para registro de preços, com valor estimado, que engloba vários tipos de serviços complementares de infraestrutura urbana, como guias e sarjetas", explicou.

Após conhecerem as medidas que estão sendo adotadas pelas Prefeituras de São José do Rio Preto e de Araçatuba para solucionar os problemas do asfalto, os vereadores que integram a comissão de infraestrutura da Câmara concluíram que o Município necessita de mão-de-obra e de maquinários. "Pensar em uma nova usina é desnecessário. Precisamos contratar equipes e investir em equipamentos para atender à população e melhorar as condições das vias da cidade", disse o vereador Rivael Papinha, presidente da comissão. "Como a questão é urgente, a terceirização é necessária", completou o vereador Olair Bosco.