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15/04/2020
Isolamento social é assunto predominante no Pequeno Expediente da 9ª Sessão

A medida de isolamento social que vem sendo adotada pelo governo paulista para conter a propagação do novo coronavírus foi o assunto mais comentado na 9ª Sessão Ordinária do ano, realizada por videoconferência na segunda-feira (13/04).

Durante o Pequeno Expediente, os vereadores Lucas Zanatta (PV), Rivael Papinha (DEM), Tieza (PSDB), Arlindo Araújo (MDB) e Gilberto Batata Mantovani (PL) manifestaram opiniões diferentes sobre a quarentena no Estado de São Paulo, que começou a valer no dia 24 de março com o fechamento do comércio não essencial.

Referindo-se a ofício encaminhado na semana passada ao prefeito Dilador Borges (PSDB), o vereador Lucas Zanatta anunciou que é contrário ao isolamento social. No documento, o parlamentar solicita a retomada gradual da abertura do comércio em Araçatuba, pois entende que a medida foi desproporcional e acarretará enormes prejuízos.

“Nós não estamos tendo um isolamento da forma como foi pedido. As pessoas estão se encontrando nos bancos, nos supermercados, nas lotéricas. E, mesmo com o alto potencial de contaminação desse vírus, os números não estão elevados. O que é real é o índice de desemprego e de quebradeira na economia”, avaliou Lucas Zanatta.

Para ele, a crise econômica também repercutirá na saúde. “O número de infartos, suicídios, AVC, depressão e violência doméstica pode aumentar e muito devido a esse isolamento. Esses sim são dados muito mais reais”, considerou o vereador.

CAUTELA –

O vereador Rivael Papinha demonstrou preocupação com a aglomeração nos bancos. “As pessoas estão na fila para tirar dúvidas, muitas vezes, de fácil resolução. Pessoas idosas, com problemas de saúde, todas se expondo, no sol. É de dar dó. Os bancos precisam dar uma melhor assistência aos cidadãos”, pediu o parlamentar.

Para ele, o momento exige diálogo e união. “Precisamos dar um respaldo para a questão econômica da nossa cidade, mas precisamos de muita cautela. Temos que pensar na economia, mas caminhar junto com a saúde”, afirmou.

OBEDIÊNCIA –

A vereadora Tieza foi mais incisiva na defesa da quarentena. “Quero cumprimentar todas as autoridades de saúde que insistem e apostam no isolamento social”, disse a presidente da Câmara. “Para mim, essa doença vem mostrar que eu posso sofrer com ela, mas o pior é que eu posso, com a minha irresponsabilidade, fazer o sofrimento dos outros. A ordem agora é sermos obedientes a quem entende do assunto”, completou.

Durante o seu pronunciamento, Tieza também divulgou uma nota técnica do Ministério Público Federal que alerta os gestores públicos sobre o risco de afrouxar as medidas de restrição de circulação sem um sistema de saúde devidamente estruturado. “A flexibilização da quarentena em meio à pandemia do novo coronavírus pode configurar ato de improbidade administrativa”, destacou em trecho do documento.

RESPEITO –

Embora não inscritos no Pequeno Expediente da 9ª Sessão Ordinária do ano, os vereadores Arlindo Araújo e Gilberto Batata Mantovani pediram pela ordem para se posicionar sobre o assunto.

Arlindo Araújo afirmou que é preciso respeitar a ciência. “O vírus é extremamente agressivo, altamente contagioso. Faz três meses que está morrendo gente no mundo inteiro. Por que aqui vai ser diferente, com uma população com cultura menor, higiene menor e estrutura hospitalar deficitária?”, indagou o parlamentar. “Por que apostar no pensamento de um ou de outro, sendo que a maioria da comunidade científica no mundo inteiro preconiza o isolamento social?”, concluiu.

No mesmo sentido, pronunciou-se o vereador Gilberto Batata Mantovani. “Sei que está difícil a questão do emprego, mas uma vida vale mais. Se não fosse a quarentena, muito mais mortes estariam ocorrendo. O remédio no momento é o isolamento social. Não tem outro”, disse Batata, lembrando que o sistema de saúde é deficitário. “Não temos leitos suficientes. Não vamos suportar se houver uma demanda maior de internações”.

A quarentena nos 645 municípios de São Paulo continua em vigor até o dia 22 de abril, conforme decreto assinado pelo governador João Doria.

Fonte: Assessoria de Comunicação: Suzy Faria // Foto: Angelo Cardoso
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